MIELOLIPOMA ESPLÊNICO EM CÃO: RELATO DE CASO

  • Liliane Girotto Pereira UNOESTE
  • Daniela Darci Bruch Unibrasil - Graduanda em Medicina Veterinária
  • Paulo Felipe Izique Goiozo Centro Universitário Autônomo do Brasil - Curso de Medicina Veterinária
Palavras-chave: mielolipoma; esplênico; baço; cão; neoplasia; benigno

Resumo

O baço é envolto por uma espessa cápsula de tecido conjuntivo denso revestido por mesotélio, de onde saem trabéculas que dão suporte ao órgão. O parênquima é dividido em polpa branca e polpa vermelha. Algumas de suas funções nos cães são a filtração, a fagocitose, o metabolismo do ferro, o sistema imunológico e a hematopoiese. O mielolipoma esplênico é uma neoplasia benigna formada por adipócitos e compostos hematopoiéticos. Sua ocorrência em cães e gatos é rara e pode se desenvolver em outros locais, como a adrenal, o canal espinal epidural, os rins, o útero, os olhos, o omento e o fígado. Existem algumas teorias em relação à etiologia dessa neoplasia, porém nenhuma foi confirmada ainda. Geralmente os pacientes são assintomáticos, mas podem apresentar sinais clínicos como náusea, vômito, desconforto e aumento de volume intra-abdominal. Os poucos relatos na literatura referente a essa afecção, demonstram que ela ocorre de forma mais frequente em animais com mais de 9 anos de idade. Frente a raridade do processo, o objetivo desse trabalho é abordar o caso de um cão, fêmea, sem raça definida de 15 anos de idade. Foi coletada uma amostra do baço com dimensão de 6,3 x 4,0 centímetros e enviada para a análise histopatológica. Na avaliação macroscópica, o fragmento foi cortado e apresentou áreas esbranquiçadas semelhante à hiperplasia esplênica nodular. Em contrapartida, na avaliação microscópica foi observada grande área bem demarcada, não encapsulada de massa com tecido adiposo neoplásico e presença de ilhas com tamanhos variados. Os adipócitos neoplásicos continham citoplasma amplo e claro, com núcleo redondo a oval e periférico. A neoformação apresenta grande celularidade mieloide com macrófagos epitelioides, linfócitos, plasmócitos e megacariócitos entre as células neoplásicas. Os achados morfológicos, macro e microscópicos, permitiram o diagnóstico de mielolipoma esplênico.

Biografia do Autor

Liliane Girotto Pereira, UNOESTE

Graduação em Medicina Veterinária

Aperfeiçoamento em Patologia Veterinária

Mestrado em Ciência Animal

Doutoranda em Fisiologia e Saúde Animal

Paulo Felipe Izique Goiozo, Centro Universitário Autônomo do Brasil - Curso de Medicina Veterinária

Graduado em Medicina Veterinária (UNIFEOB-São João da Boa Vista-SP)

Mestre em Patologia Veterinária (FMVZ-UNESP-Botucatu-SP)

Doutor em Ciência Animal (UNOESTE-Presidente Prudente-SP)

Publicado
2021-11-19
Seção
Medicina Veterinária

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