AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE PACIENTES IDOSOS EM ESTÁGIO TERMINAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

Resumo

A população idosa tem crescido de maneira progressiva, sendo o principal grupo de risco para a Doença Renal Crônica, que vem se tornando um problema de saúde pública cada vez mais prevalente no mundo. Os idosos necessitam de cuidados especiais, por se tratar de um grupo extremamente vulnerável em relação aos cuidados de saúde. Sendo assim, a presente pesquisa justifica-se por permitir uma criteriosa investigação do estado nutricional de idosos em tratamento de hemodiálise segundo o Índice de Massa Corporal, proposto pelo Ministério da Saúde, além de contribuir para melhores intervenções nutricionais no tratamento da população estudada. O objetivo da presente pesquisa é avaliar o estado nutricional de pacientes idosos em estágio terminal da Doença Renal Crônica segundo a classificação do Índice de Massa Corporal. A coleta de dados foi realizada durante o mês de agosto de 2021 em uma clínica especializada em hemodiálise de Curitiba, no estado do Paraná. Foram incluídos na pesquisa pacientes diagnosticados com Doença Renal Crônica, em tratamento de Hemodiálise com Taxa de Filtração Glomerular menor que 15 mL/min/173² por um período maior ou igual a 3 meses e que possuíam idade acima ou igual a 60 anos e abaixo ou igual a 80 anos, que aceitaram participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A amostra foi composta por 55 pacientes, sendo 61,8% do sexo masculino e 38,2% do sexo feminino, a avaliação do IMC demonstrou que 14,5% dos pacientes apresentavam baixo peso, 43,6% eutrofia e 41,8% sobrepeso. Desse modo, foi possível observar que a maior parte da amostra foi de indivíduos do sexo masculino, com uma diferença de 23,6% em relação às mulheres. Além disso, observou-se que uma grande parcela da amostra possuía sobrepeso, sendo um fator de risco para doenças cardiovasculares e mortalidade na população estudada. Desse modo, é importante a realização de intervenções nutricionais nesses pacientes, pois permite a prevenção e/ou tratamento de carências nutricionais, desnutrição energético proteica e tratamentos para estabilização da doença, melhorando assim, a qualidade de vida e promoção da longevidade.