Consequências emocionais e afetivas em idosos institucionalizados na contemporaneidade

  • Graciele Padilha Santos Unibrasil
  • Marcos de Oliveira Domingues
  • Dayanna Patricia Araújo
  • Ana Carolina Straube
  • Fernanda Garbelini de Ferrante
Palavras-chave: envelhecimento; instituição de longa permanência para idosos; saúde do idoso; velhice; autonomia.

Resumo

No Brasil o índice de envelhecimento tem aumentado a cada ano, esse fenômeno ocorre devido às baixas taxas de mortalidade e fecundidade. À medida que a população envelhece, aumenta a procura por instituições de longa permanência para idosos (ILPI); dificuldades socioeconômicas, socioculturais e o distanciamento progressivo familiar, são motivos para essa procura. O processo de institucionalização provocado pela mudança do ambiente familiar para uma ILPI pode desencadear consequências emocionais e afetivas, gerar sintomas negativos de adaptação, perda de autonomia, isolamento social, perda de identidade e liberdade, baixa autoestima, estado de solidão e muitas vezes de recusa da própria vida, o que justifica a alta prevalência de doenças mentais nas ILPIs, que são agravadas pelo próprio processo de envelhecimento natural. Diante disso é necessário pensar na promoção do envelhecimento saudável dos idosos institucionalizados. Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de criar um vídeo para conscientização da problemática estudada. O vídeo foi veiculado pelo Youtube, com acesso público e divulgado por meio de redes sociais dos pesquisadores, no período entre 02/06/2021 à 18/06/2021, houveram 28 visualizações. Foi feito uma investigação de opinião pública a partir do vídeo, por meio de um questionário qualitativo divulgado através de um link na descrição do vídeo. Com foco em respondentes que mantém contato direto com idosos institucionalizados, tais como: a população em geral, familiares e profissionais que trabalham em ILPIs. Foram preenchidos 18 questionários, sendo 10 que não conhece um idoso institucionalizado, 3 que conhecem idosos que residem em ILPI e 5 profissionais de saúde e cuidadores que trabalham com idosos institucionalizados. Como resultado, a população geral demostrou consciência sobre a importância de políticas públicas aos idosos institucionalizados. Em relação a família, constatou-se que há um distanciamento destes para com o idoso. Já os profissionais que trabalham com os idosos demostraram saber da importância de um cuidado individualizado. Conseguimos com base no trabalho teórico e prático, analisar as questão intricadas que a pessoa idosa sofre pela institucionalização, bem como trazer as perspectivas de diversos públicos que nos sinalizam para a importância de haver políticas públicas que promovam acesso ao cuidado favorável, envolvendo mais intimamente os familiares e comunidade, garantindo assim integridade e continuidade desse sujeito idoso a um envelhecimento saudável, em vista a torna-lo não um “idoso institucionalizado”, mas um cidadão digno e de direitos preservados.

Publicado
2021-11-19
Seção
Psicologia

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