Os desafios da docência na mediação pedagógica para a volta as aulas e seus impactos socioemocionais

Resumo

No final de 2019, na China, ouviu-se falar sobre os primeiros casos de Covid-19, um vírus que se propaga muito rápido, podendo variar entre uma leve gripe a um estado de baixa saturação que pode ser letal, e que demandou muitas mudanças radicais em nosso cotidiano. No Brasil, os primeiros casos confirmados ocorreram em março de 2020 e, pouco tempo depois, já estávamos em um cenário pandêmico e com isso surgiram as medidas de saúde como o isolamento social, o uso de álcool em gel e máscaras em locais públicos. Uma das áreas mais afetadas foi a educação, por causa do fechamento de todas as instituições de ensino, de todos os níveis escolares. Com o intuito de manter as atividades educacionais, o Brasil, entre tantos outros países, desenvolveu formas emergenciais de aprendizagem, como levar a educação para dentro da casa dos estudantes por meio do ensino remoto emergencial, e de acordo com Behar (2020), com o ensino remoto, muitos professores precisaram reestruturar sua forma de trabalho, pois não estavam preparados e nem capacitados para atuar nesta modalidade de ensino.

Muitos foram afetados, professores tiveram que aprender muito de tecnologia em pouco tempo, nem todos estavam familiarizados com essas ferramentas. A falta de recursos, por ambas as partes, a oscilação na internet, foram algumas das dificuldades dessa rápida adaptação a um cenário nunca visto antes e isso trouxe impactos que irão reverberar para além do isolamento social e do ano presente.  Agora, em agosto de 2021, houve o retorno do ensino presencial em todas as escolas do estado do Paraná após quase um ano e meio de aulas remotas e, cabe questionar, como estes estudantes estão retornando. Com isso, esta pesquisa busca identificar as dificuldades e habilidades educacionais e socioemocionais percebidos pelos professores desses alunos que retornam, especialmente na esfera pública em que o contato entre equipe pedagógica e aluno foi quase inexistente. Para a retomada desses alunos à sala de aula, houve muita preparação, tiveram que dividir a turma em pequenos grupos e reorganizar as salas para que as medidas de saúde continuassem sendo cumpridas. Devido a isso a retomada as aulas presenciais, tiveram que trazer novas metodologias e modelos de ensino, mas quais os impactos na aprendizagem e nas habilidades socioemocionais observador no retorno das aulas remotas? A ausência da sala de aula afetou o socioemocional dos seus envolvidos, professores e alunos, segundo o Instituto Ayrton Senna (2021) “diante dessas vivências, acompanhadas de sentimentos de tristeza, ansiedade, insegurança e medo, podem ter provocado impactos na saúde mental dos estudantes, afetando também a sua aprendizagem”.

Para isso essa pesquisa terá como metodologia a investigação descritiva-exploratória aplicada por meio de formulários on-line para professores, como forma de levantamento de dados para análise qualitativa. O questionário ainda está em construção e tem aplicação prevista parta a segunda quinzena de setembro.