A VISÃO E INTERVENÇÃO CLÍNICA DO TERAPEUTA COGNITIVO E DO ESQUEMA
Tiago Canuto VIEIRA
Palavras-chave:
terapia do esquema, manejo clínico, perspectiva cognitivista
Resumo
Jeffrey Young desenvolveu a terapia dos esquemas de forma integradora abrangendo os conceitos: cognitivo-comportamentais tradicionais, influências da Gestalt, do construtivismo, psicanálise, clínica comportamental e da teoria do apego com o intuito inicial de oferecer tratamento aos transtornos de personalidade. Desde seu início a Terapia dos Esquemas tem influenciado o manejo clínico dos terapeutas cognitivos, desde a análise de transtornos mais crônicos até demandas existenciais, a perspectiva esquemática amplia os horizontes oferecendo um maior arcabouço teórico/prático ao profissional. Young define os esquemas, ou melhor, os esquemas iniciais desadaptativos remotos (EIDs) como: estruturas padronizadas com conteúdos emocionais e cognitivos que iniciaram desde a tenra infância devido a necessidades emocionais não atendidas, que se perpetuam ao longo da vida com viés derrotista, tornando-se disfuncionais em nível significativo. Este estudo evidência novas perspectivas terapêuticas que corroborem para o tratamento da multiplicidade psíquica humana, visando: (1) apresentar o embasamento científico/filosófico desta terapia (2) apresentar o manejo clínico dos terapeutas cognitivos tradicionais; (3) dar ênfase na Terapia dos Esquemas e seu trabalho vivencial com imagens. No desenvolvimento deste trabalho foi revisada a literatura da terapia dos esquemas e de suas influências, em especial o construtivismo e a teoria do apego. De forma sucinta se conclui a importância da terapia esquemática principalmente nos transtornos de personalidade com ênfase no Borderline e narcisista.