IMPACTOS DA INGESTÃO DE ADOÇANTES ARTIFICIAIS NA SAÚDE HUMANA
Resumo
Resumo
Os edulcorantes, também chamados de adoçantes, são outras substâncias além dos açúcares capazes de dar sabor adocicado aos alimentos, mas a maioria deles não é absorvida pelo nosso organismo, possuindo pouco ou nenhum valor calórico. Existem os edulcorantes naturais, como o xilitol e eritritol, e os artificiais, como acessulfame de potássio (acessulfame K), aspartame, ciclamato de sódio, sacarina, sucralose, taumatina e neotame. A fim de reduzir o teor calórico da dieta, muitas pessoas optam por substituir produtos açucarados por adoçantes artificiais em preparações e bebidas indiscriminadamente. Atualmente, a RDC nº 18 de 24 de março de 2008 é a lei que determina os adoçantes permitidos para uso no Brasil, a fim de garantir a segurança do consumidor, desde que o consumo esteja dentro da dose diária prescrita (IDA). Desta forma, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão para responder a seguinte pergunta norteadora: "Quais os possíveis impactos a saúde, associados à ingestão inadequada e/ou a longo prazo de adoçantes artificiais?”. Para tanto, foi realizada uma revisão de artigos científicos disponíveis nas plataformas Google acadêmico, PubMed e Scielo, entre os anos 2018 e 2021 por meio dos descritores: “edulcorantes”, “dosagem”, “efeitos adversos de longa duração” e “risco à saúde humana”. Foram selecionados 7 artigos para compor a revisão, onde foi possível observar que as evidências sugerem que os edulcorantes artificiais não ativam no cérebro os mesmos mecanismos de recompensa que o açúcar, indicando que eles desencadeiam um aumento de apetite e consequentemente uma maior ingestão calórica. Os estudos também apontam que os edulcorantes podem afetar diretamente a microbiota intestinal e que o aspartame, quando submetido ao aumento de temperatura, ou em meio ácido, ou a longos períodos de armazenamento, é hidrolisado e pode liberar compostos que fazem mal à saúde, tais como o metanol e formaldeídos. Já a sucralose se decompõe quando submetida à altas temperaturas, participando de reações de escurecimento, o que gera componentes altamente tóxicos. Observa-se ainda na literatura associação entre alto consumo de ciclamato e a sacarina e o desenvolvimento de cânceres, já outros estudos apresentam resultados nem sempre concordantes. Pode-se concluir que os efeitos metabólicos contrários associados ao consumo indiscriminado de edulcorantes artificiais estão diretamente ligados à composição da microbiota intestinal, e a administração incorreta, como quando submetidos à elevadas temperaturas, com a liberação de compostos tóxicos ao organismo, sendo recomendado o seu uso de forma criteriosa, dentro das recomendações. Contudo, cabe salientar que são necessários mais artigos longitudinais sobre o tema.
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