A MOTIVAÇÃO DA ESCOLHA PELA CARREIRA DOCENTE E O ESTEREÓTIPO DA PROFESSORA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

  • Priscila Santos da Silva Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil
Palavras-chave: Palavras-chave: Escolha pela docência; Educação infantil; Estereótipo feminino na docência; Motivações.

Resumo

Resumo 

O presente trabalho tem como objetivo analisar, por meio de pesquisas bibliográficas, a motivação da escolha pela carreira docente e o estereótipo da professora na educação infantil, discorrendo também, quais são os seus reflexos na prática docente. O interesse pela pesquisa surgiu durante o estágio não obrigatório em escolas, onde foi possível observar a insatisfação de alguns professores em suas práticas. Diante disso, o estudo pelo tema busca compreender melhor quais os motivos pela escolha da carreira docente, permitindo uma reflexão para aqueles que possuem interesse em se tornar futuros professores, bem como o reflexo do estereótipo da professora na educação infantil como profissão feminina, estudando sobre a origem dessa atribuição e suas consequências no trabalho. No desenvolvimento da pesquisa, com base nos autores (LIMA, 2017) e (CASTANHEIRA, 2017), busca-se relembrar brevemente sobre a história da educação brasileira e a carreira docente, com foco nas mudanças ocorridas após a Constituição Federal de 1988, tendo em vista a ampliação do direito à educação e legislações de garantia desse direito, como a Lei n° 9.394/1996, assim como a trajetória da democratização da educação e a realidade profissional. Sobre as motivações pela carreira docente, é possível constatar que parte das motivações são relacionadas a valores pessoais e sociais, o amor por educar e o gosto pela área (ALMEIDA, 2010). Porém, a questão do gosto como principal motivação de escolha é problematizada, visto que não necessariamente a identificação com a carreira é uma regra de escolha, assim como indaga-se a subjetividade do uso do termo vocação (VIEIRA, 2016). Ainda, explora-se a atratividade pela carreira docente e suas contradições, e o gosto pelo possível, o qual retrata a possibilidade de os indivíduos gostarem daquilo que possam alcançar (NOGUEIRA, 2010). Também, trata-se da ausência de possibilidade de escolha por outra carreira e o curso de magistério, o que pode resultar na profissão como um refúgio e com consequências de pouco estímulo na prática desta função, podendo resultar na falta de identificação e distanciamento da relação de aluno e professor (FREIRE, 1997). Por fim, busca-se analisar a relação do estereótipo da profissão feminina, a escolha pela educação infantil e a origem dessa atribuição (ARAÚJO, 2021), bem como as explicações para a desvalorização da profissão, as representações sobre a educação infantil e o papel das professoras, como a consideração estereotipada de que as professoras desta etapa não possuem o mesmo profissionalismo que outros professores de outras etapas e também a ligação com o desempenho das funções maternas (BRASIL, 2014). Os resultados e conclusões desta pesquisa estão em fase de desenvolvimento, porém já foi possível observar que a escolha pela carreira docente é ligada a aspectos individuais e de contexto sócio-histórico. 

 

Publicado
2022-11-29
Seção
Pedagogia