SELETIVIDADE ALIMENTAR EM CRIANÇAS PORTADORAS DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

  • Ivna Tatielle Soares Vieira UniBrasil
  • Adriana Salete de Abreu unibrasil
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani unibrasil
Palavras-chave: transtorno do espectro autista; seletividade alimentar; estado nutricional; nutrição.

Resumo

A Seletividade Alimentar em crianças com Transtorno do Espectro Autista - TEA, caracteriza-se pelo comportamento que é influenciado pelo aspecto sensorial como o odor, textura, temperatura e aparência dos alimentos. O TEA afeta a comunicação, cognição, interação social, sua principal característica são os padrões de comportamento repetitivos e estereotipados. A seletividade alimentar referida, pode comprometer severamente o estado nutricional dos portadores do TEA. O objetivo do estudo foi realizar uma revisão sobre a seletividade alimentar em crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista. Para tanto realizou-se a busca de artigos científicos nas plataformas Google acadêmico, PubMed e Scielo, publicados entre o ano de 2019 a 2021, utilizando os seguintes descritores Transtorno do Espectro Autista, seletividade alimentar, estado nutricional, foram selecionados 8 artigos para compor a revisão. Como resultado foi observado que crianças com Transtorno do Espectro Autista apresentam diferentes graus de recusa alimentar, caracterizado por comportamentos restritivos e repetitivos. A seletividade alimentar leva a ingestão de poucas variedades de alimentos, tornando a dieta por vezes, extremamente restritiva o que pode levar a importantes deficiências de macro e micronutrientes, comprometendo o crescimento e desenvolvimento adequados, especialmente quando ocorre na primeira infância. O principal comportamento apontado pelos autores identifica a repetição dos mesmos alimentos consumidos, dificuldades relacionadas a textura de alguns alimentos, ao gosto, cheiro e temperatura, alguns são seletivos a cores realizando dietas limitadas a alimentos de apenas uma cor, além da limitação do ambiente onde a refeição é realizada. Crianças autistas são bastante seletivas e persistentes ao novo, o que dificulta em grande parte a inserção de novas experiências com os alimentos.  Destaca-se a importância do diagnóstico precoce, preferencialmente antes dos três anos de idade para que obtenha evolução efetiva no tratamento e assim também iniciar a intervenção nutricional, na tentativa de auxiliar na maior variedade alimentar. Pode-se conclui que a recusa alimentar, repertório alimentar limitado, ingestão alimentar única de alta frequência tem caracterizado a seletividade alimentar no autismo, sendo necessária a intervenção precoce auxiliando pais e cuidadores na utilização de estratégias de educação alimentar e nutricional que possam impactar positivamente e auxiliar na melhora da variedade dos alimentos visando a redução da recusa alimentar.

 

Palavras-chave: transtorno do espectro autista; seletividade alimentar; estado nutricional; nutrição.

 

Publicado
2022-11-29
Seção
Nutrição