Brasil RELATO DE EXPERIÊNCIA: GRUPO DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

  • Tatiane Volff da Silva UNIBRASIL
  • Fernanda Figueiredo Coelho
Palavras-chave: idosos; estimulação cognitiva; cognição; neuropsicologia.

Resumo

No processo de envelhecimento senil surge diversas doenças crônicas e degenerativas, os quais podem afetar o bem-estar global dos idosos e as funções cognitivas. Funções cognitivas são definidas como processos mentais que englobam a capacidade de atenção, memória, linguagem, funções executivas, dentre outras habilidades desempenhadas pelo cérebro.  Atualmente percebe-se que diversas famílias podem não apresentar condições para cuidar de seus familiares que passam pelo processo de senilidade, tornando necessário o acolhimento dos idosos em instituições de longa permanência. Neste contexto, atividades de estimulação cognitiva podem gerar uma melhora na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência das autoras junto a um grupo de estimulação cognitiva para idosos em uma instituição de longa permanência. METODOLOGIA: O grupo de estimulação cognitiva com os idosos ocorreu em uma instituição de longa permanência na cidade de Curitiba. Houve a participação de 12 idosos, com idade entre 80 e 95 anos. As atividades foram realizadas em 11 encontros com o objetivo de estimular a atenção, memória, linguagem, atenção, praxias, funções executivas e capacidade de resolução de problemas. RESULTADOS: Foram propostas atividades lúdicas e adequadas para o contexto dos idosos, como: leitura de letras do alfabeto e associação com palavras, atividades de jardinagem, música, bingo, pintura de desenhos e rodas de conversa. Durante a realização dos grupos de estimulação cognitiva, pode-se observar que alguns idosos tiveram uma maior receptividade, assim como um maior engajamento e participação ativa frente às atividades propostas. Supõem-se que este envolvimento se deu em razão das intervenções estarem relacionadas com atividades de vida diária e memórias com uma alta carga emocional. DISCUSSÃO: O grupo de estimulação cognitiva auxiliou a manutenção e estimulação dos processos cognitivos, melhora na interação social, aumento da autoestima, gerando um efeito positivo na qualidade de vida dos idosos e habilidades funcionais. A melhora significativa desses fatores serve como um fator de prevenção de possíveis déficits cognitivos. CONCLUSÃO: A incidência de declínio cognitivo aumenta com o crescimento da população idosa, ocasionando grande impacto para a saúde pública. O momento atual exige a implementação de intervenções que beneficiem, não apenas as funções cognitivas, mas sim diversos aspectos inter relacionados, como qualidade de vida, capacidade funcional e alterações de humor. A intervenção neuropsicológica é fundamental na prevenção do comprometimento cognitivo, mas também pode auxiliar na abordagem de idosos com diferentes graus de déficits cognitivos. Diferentes técnicas de intervenção neuropsicológicas podem atribuir efeitos positivos e duradouros junto aos idosos, principalmente ao serem realizadas em grupo.

 

Palavras-chave: idosos; estimulação cognitiva; cognição; neuropsicologia.

Publicado
2022-11-29
Seção
Psicologia