ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: VISÃO DOS FAMILIARES E CUIDADORES QUE PRESTAM CUIDADO DIRETO

Resumo

Introdução: A família e os cuidadores têm papel fundamental no enfrentamento do paciente com câncer, pois são os que os acompanham dia após dia durante o tratamento tanto curativo quanto paliativo. Justificativa do estudo: Esse estudo tem como alvo, verificar a percepção dos familiares e cuidadores que prestam assistência direta a doentes oncológicos sob cuidados paliativos, em relação a atuação da fisioterapia nestes pacientes. Objetivos: avaliar o nível de conhecimento em relação aos cuidados da fisioterapia, do ponto de vista de familiares e cuidadores que prestam assistência direta a doentes oncológicos sob cuidados paliativos. Desenvolvimento da investigação: Trata-se de um estudo quantitativo exploratório, realizado através de um questionário, aplicado através da plataforma google forms, no período de junho a agosto de 2022.  composto de 13 questões objetivas e 1 descritiva elaboradas com base em artigos científicos dos últimos 7 anos de publicação. Resultados: foram aplicados 100 questionários e fizeram parte da amostra 99 respostas, sendo que 1 não concordou com o TCLE. Em relação ao questionário, no item grau de familiaridade, a opção “outros” foi a mais frequente (27,9%), o sexo de maior prevalência foi o masculino (66,3%), a maior incidência foi o câncer de próstata (21,2%), 84,8% foram orientados sobre o tipo de câncer, 50,5% responderam que não tinham conhecimento sobre cuidados paliativos, 52,5% tiveram atendimento fisioterapêutico, sendo que destes, 79,6% responderam que foi realizado de forma global, com relação aos sintomas 54% obteve melhora na dor física, 84,6% responderam que a fisioterapia auxiliou o paciente na reintegração da sociedade e 83% sofreram com a síndrome do desuso. Com relação ao recurso mais utilizado o TENS prevaleceu com 37,7%, já em relação as orientações do fisioterapeuta a serem seguidas na sua ausência 54,7% receberam a mesma e 66% da amostra não realizou drenagem linfática manual. Conclusão: Verificou-se que ainda há escassez em relação aos conhecimentos sobre o tema, sendo necessário abordar e divulgar mais informações sobre os cuidados paliativos e, assim como eles auxiliam os pacientes, bem como a atuação da fisioterapia nessa área. Outro item observado foi a baixa porcentagem de pacientes que tiveram atendimento fisioterapêutico nessa fase, fator que pode ser justificado por ser uma área de atuação recém reconhecida pelo COFFITO e pouco explorada. Sugere-se, portanto, para o melhor conhecimento e atuação fisioterapêutica nesta fase paliativa a realização de cartilhas orientativas disponibilizadas de forma online sobre o tema.