O POPULISMO COMO MEIO DE REINTEGRAÇÃO POLÍTICA OU RUÍNA DO ESTADO MODERNO RACIONAL WEBERIANO

Resumo

Dentro do arcabouço da teoria do Estado Moderno Racional de Max Weber a Integração, como um dos fundamentos da Constituição pautado na democracia, passa a ter grande importância como meio de cidadania e democratização. Os tipos ideais formulados por Weber destacam sua relevância para a compreensão do que ocorre atualmente dentro dos discursos sociais e políticos. As pautas levantadas pelos movimentos sociais formam um tipo ideal de demanda que encontra um significante comum, captado no discurso político por um líder populista que, na maioria das vezes, utiliza-se do tipo ideal de dominação carismática para persuadir os cidadãos com um discurso de atendimento às demandas projetadas. Dentro do Estado constitucional é possível visualizar a teoria da integração de Rudolf Smend que, na dimensão da integração política, apresenta um caminho para a formação do populismo pela ausência de prestação das Instituições, o que pode resultar na incorporação da noção de cidadania pelos indivíduos nesse significante comum. O populismo pode servir de caminho para uma reintegração dessa política e cidadania democrática. Assim como, sendo um divisor de águas do conceito europeu e da América Latina, também pode se demonstrar sem propósito modificativo para as Instituições, fora dos limites do tipo de dominação racional legal, sustentando e proliferando pautas que ferem a própria democracia, o procedimento democrático e o próprio processo de integração política dentro desta ordem constitucional aberta.