EFICÁCIA DA AURICULOTERAPIA NOS ACOMPANHANTES DAS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

  • Vivian Bueno de Lima UniBrasil
  • Amanda Baptista de Morais UniBrasil
  • Silvia Aparecida Ferreira Peruzzo UniBrasil
  • Giorgia Caroline Mendes
Palavras-chave: modalidades de fisioterapia, Auriculoterapia, Qualidade de vida, Familiares acompanhantes

Resumo

Introdução: A ansiedade, o estresse e a depressão são problemas comuns na vida

moderna, impactando especialmente a qualidade de vida de mães e cuidadoras de

crianças hospitalizadas. A hospitalização infantil provoca estresse tanto na criança

quanto na família, que enfrenta medo, culpa e ansiedade. A qualidade de vida é um

conceito amplo, que inclui aspectos físicos, emocionais e sociais, além do contexto

cultural e valores do indivíduo. A auriculoterapia, uma prática da Medicina

Tradicional Chinesa, é apresentada como uma intervenção eficaz e segura para

reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida das acompanhantes.

Justificativa: Considerando o grande número de crianças que necessitam de

acompanhamento em tempo integral durante a hospitalização, verifica-se a

necessidade de investigar as condições emocionais que essas acompanhantes são

submetidas para mensurar seu nível de qualidade de vida, de modo que, em

estudos futuros, seja possível implantar medidas que melhorem a qualidade de vida

desses familiares, tornando esse período menos traumático. Objetivo: Avaliar a

qualidade de vida dos acompanhantes de crianças hospitalizadas no setor

pediátrico após a aplicação da auriculoterapia. Desenvolvimento da

Investigação: A pesquisa caracterizou-se como um estudo experimental do tipo

ensaio de campo, realizada em um hospital privado na região metropolitana de

Curitiba, no setor de Pediatria, com as acompanhantes desses pacientes. Os

critérios de inclusão foram: acompanhantes de pacientes internados na pediatria,

sexo feminino, idade entre 18 e 60 anos, alfabetizadas, residentes no estado do

Paraná, acompanhando crianças de 0 a 12 anos. Os critérios de exclusão foram:

participantes com alergia a semente de mostarda ou fita micropore,

hipersensibilidade ou lesões no pavilhão auricular e participantes que não

responderam pela segunda vez ao questionário. A qualidade de vida foi avaliada

com o questionário WHOQOL Bref pré e pós sessão de auriculoterapia.

Resultados: O estudo foi realizado com 20 participantes, com média de idade de

32,05±8,26 anos. Ao comparar os resultados pré e pós-intervenção, observou-se

uma melhora significativa nos domínios físico (p = 0,001), psicológico (p = 0,001) e

de relações sociais (p = 0,003), com ênfase no domínio de satisfação com a saúde

(p = 0,000). Conclusão: A auriculoterapia teve um impacto positivo na qualidade

de vida das acompanhantes de crianças hospitalizadas no setor de pediatria. Os

resultados demonstraram melhorias significativas nos domínios físico, psicológico e

de relações sociais, especialmente na satisfação com a saúde, após a intervenção.

Por ser simples e não invasiva, é uma opção viável para práticas de cuidado

integrativo em hospitais, proporcionando suporte emocional e físico aos

acompanhantes.

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Publicado
2024-10-23
Seção
Fisioterapia

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