ÚLCERA DE CÓRNEA AUTO TRÁUMATICA EM CÃO: RELATO DE CASO

  • Graziele Guedes UNIBRASIL
  • LUCIANA WANCURA MARCUZ
Palavras-chave: úlcera de córnea;, fluoresceína;, blefaroespasmo;, relato de caso;, clínica médica de pequenos animais;, oftalmologia.

Resumo

Resumo

 

A úlcera de córnea em cães é uma lesão na superfície da córnea que pode ser causada por traumas, infecções, corpos estranhos, problemas de pálpebra ou secura ocular. Os sinais incluem lacrimejamento excessivo, blefaroespasmos, edema de pálpebra, dor ocular, vermelhidão, secreção e sensibilidade à luz. O diagnóstico é feito através de exames clínicos e coloração com fluoresceína. O tratamento varia conforme a causa e pode incluir medicamentos tópicos, correção de problemas subjacentes e, em casos graves, cirurgia. Com tratamento adequado, o prognóstico é geralmente bom, mas é importante agir rapidamente para evitar complicações e preservar a visão do paciente. O presente trabalho tem por objetivo descrever a identificação e o tratamento de uma fêmea canina, sem raça definida, de 12 anos de idade, porte médio e com 10 kg. A canina chegou na Clínica Veterinária Escola UNIBRASIL, com a tutora se queixando de dermatite recorrente desde abril de 2024 e com protrusão de terceira pálpebra bem acentuada. Após a anamnese, realizou-se o exame físico onde observou-se feridas de escoriação e mácula na região do abdômen e vulva, conjuntivite bilateral, blefaroespasmo e uma lesão no olho direito. Realizamos o teste de fluoresceína e foi constatado úlcera de córnea em processo de cicatrização. Segundo a tutora, a paciente apresentava úlcera recidiva e, em outra clínica foi recomendado a utilização de colírio hidratante a base de hialuronato de sódio 0,15% (HYABAK) e a limpeza com algodão e cloreto de sódio 0,9% (soro fisiológico) pois suspeitava-se de ceratoconjuntivite seca, percebeu-se uma leve melhora. Durante o exame físico suspeitou-se que a úlcera de córnea pode ter sido auto traumática devido a dermatite, e orientou-se a continuar com o colírio HYABAK, tobramicina 0,3%, diclofenaco sódico 1mg (STILL) e administração de meloxicam 0,8 ml. Após uma semana houve melhora significativa na pele e nos olhos. Foi indicado continuar com esse processo por pelo menos mais duas semanas e retornar a clínica após 15 dias.

Publicado
2024-10-24
Seção
Medicina Veterinária

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