DISFUNÇÕES SEXUAIS EM MULHERES DO ENSINO SUPERIOR: REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
Introdução: As disfunções sexuais femininas constituem um importante problema de saúde pública, afetando a sexualidade, a saúde física, emocional e social das mulheres. Essas alterações podem comprometer as fases de desejo, excitação, orgasmo e satisfação, manifestando-se como desejo sexual hipoativo, anorgasmia, dispareunia e vaginismo, impactando significativamente a vida acadêmica e pessoal de mulheres em idade universitária(1-4). Justificativa: As mulheres universitárias estão expostas a demandas acadêmicas, mudanças comportamentais e fatores psicossociais que podem favorecer o surgimento ou agravamento das disfunções sexuais. Considerando os impactos na saúde física, emocional e social, é importante conhecer as principais queixas e os fatores associados a essas disfunções, a fim de subsidiar estratégias de prevenção, tratamento e promoção da qualidade de vida. Objetivo: Identificar, na literatura, a prevalência e os principais fatores associados às disfunções sexuais em mulheres adultas matriculadas no ensino superior. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura conduzida segundo as diretrizes PRISMA, com perguntas estruturadas pela estratégia PICO. A busca foi realizada nas bases de dados BVS, Periódicos CAPES e Google Scholar, entre julho de 2015 e julho de 2025, utilizando descritores em português e inglês combinados com operadores booleanos. Foram incluídos artigos originais com dados primários, publicados na íntegra em português ou inglês, que abordassem disfunções sexuais em mulheres adultas no ensino superior. Resultado: Foram encontrados 10.070 artigos, dos quais 12 atenderam aos critérios de inclusão. Os estudos selecionados evidenciaram que as disfunções sexuais em mulheres universitárias apresentaram ampla variação de prevalência, entre 8% e 87%, sendo as principais queixas dor durante a relação sexual (dispareunia), diminuição do desejo sexual e dificuldade em atingir o orgasmo, e que fatores como estresse, ansiedade, uso de anticoncepcionais hormonais e alterações na musculatura do assoalho pélvico foram os principais determinantes dessas disfunções. Conclusão: As disfunções sexuais em mulheres universitárias são prevalentes e multifatoriais, impactando negativamente a saúde física e emocional. A abordagem clínica multidisciplinar, mostra-se fundamental para o tratamento integral, e estratégias de educação sexual no ambiente universitário podem contribuir para a redução do estigma e a promoção da saúde sexual feminina.
Referências
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