ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE QUEIMADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Palavras-chave: queimaduras;, assistência de enfermagem;, cuidado intensivo;, humanização da assistência

Resumo

O cuidado ao paciente com queimaduras representa um dos maiores desafios na prática da enfermagem, por envolver alta complexidade clínica, sofrimento físico e emocional, além da necessidade de um atendimento contínuo e especializado. Frente a essa realidade, pesquisas recentes vêm destacando a importância de compreender, mensurar e aprimorar as ações de enfermagem aos pacientes queimados nas unidades de terapia intensiva. Sendo assim, objetivou-se identificar os cuidados de enfermagem prestados ao paciente queimado em unidade de terapia intensiva. Trata-se de revisão integrativa, organizada em seis etapas, que incluiu materiais originais, publicados na MedLine, BDENF, IBECS e EBSCO, entre janeiro de 2020 a dezembro 2024. A análise de estudos nacionais e internacionais, revela um avanço expressivo nas abordagens assistenciais, educativas e terapêuticas voltadas a esse público. O estudo de Amadeu et al. (2020), conduzido no Brasil, identificou que pacientes queimados demandam elevada carga de trabalho de enfermagem, associada à gravidade clínica, extensão das lesões e tempo de internação, evidenciando a necessidade de readequação do dimensionamento de pessoal. Daltveit et al. (2024) destacaram o uso de fotografias em diários clínicos como instrumento de apoio emocional e reconstituição da memória dos pacientes, fortalecendo o vínculo entre enfermeiro e paciente durante o processo de recuperação. Harms et al. (2024) e Knight et al. (2023) demonstraram o impacto positivo de intervenções educativas e da aplicação da Escala Abreviada de Dor e Ansiedade Específica para Queimaduras, que aprimoram a comunicação e a percepção da dor e ansiedade. Zakeri et al. (2021) comprovaram que a visualização prévia da imagem do paciente favorece atitudes mais empáticas e melhora a qualidade do cuidado. Em complemento, Lagziel et al. (2021) observaram que a redução da frequência de curativos com sulfadiazina de prata para uma vez ao dia diminui dor e tempo de internação, sem prejudicar a cicatrização. Kadhim e Hamza (2020) ressaltaram a eficácia de programas de capacitação para elevar o conhecimento técnico dos enfermeiros, enquanto Carvalho et al. (2023) delinearam o perfil epidemiológico dos pacientes queimados no Brasil, apontando maior mortalidade nos casos mais graves. Ao passo que, Keshavarzi et al. (2022) evidenciaram os benefícios do uso da Plantago major L. como alternativa natural com propriedades analgésicas e cicatrizantes. De modo geral, os estudos convergem ao demonstrar que a assistência ao paciente queimado requer equipes capacitadas, empatia, manejo adequado da dor e estratégias inovadoras que integrem ciência, tecnologia e humanização, garantindo uma recuperação mais segura e eficaz, reduzindo as taxas de complicação. 

Publicado
2025-12-12
Seção
Enfermagem