Comparação entre facetas em resina composta e facetas em porcelana
Resumo
As facetas em resina composta e as facetas em porcelana são opções restauradoras amplamente utilizadas na odontologia estética para correção de imperfeições de cor, forma e posição dentária, oferecendo abordagens minimamente invasivas e resultados altamente satisfatórios. Ambas têm o objetivo de restabelecer a harmonia do sorriso, promovendo melhorias funcionais e estéticas sem a necessidade de desgastes extensos da estrutura dental sadia. Este estudo teve como objetivo comparar o desempenho clínico, a estética, a durabilidade e a manutenção entre ambas as modalidades restauradoras, destacando suas vantagens, limitações e indicações clínicas específicas. Metodologicamente, realizou-se uma revisão bibliográfica baseada em artigos científicos clínicos e laboratoriais, bem como uma análise crítica dos protocolos adesivos, técnicas de preparo, procedimentos de cimentação, acabamento e polimento, além de estratégias de prevenção de falhas e recidivas. Os resultados obtidos indicam que as facetas em porcelana apresentam maior resistência à abrasão, estabilidade cromática superior e excelente mimetismo óptico, reproduzindo com fidelidade a translucidez e o brilho do esmalte natural. Além disso, possuem menores taxas de fratura e substituição a longo prazo, demonstrando elevado desempenho clínico e longevidade comprovada em estudos de acompanhamento. No entanto, seu processo de confecção é mais laboratorial, exigindo maior precisão técnica, tempo clínico prolongado, custo financeiro mais elevado e dependência de um ceramista experiente. Por outro lado, as facetas em resina composta demonstraram vantagens importantes, como menor custo, possibilidade de reparo imediato em caso de falhas, menor remoção de tecido dental, rápida confecção direta em consultório e excelente adaptabilidade estética inicial. Contudo, apresentam maior susceptibilidade à pigmentação, desgaste superficial, perda de brilho e necessidade de manutenção periódica para preservação do resultado estético. A escolha terapêutica deve considerar fatores clínicos, biológicos e econômicos, além das expectativas do paciente e da habilidade do operador em executar a técnica adequadamente. Conclui-se que ambas as opções são viáveis e eficazes quando corretamente indicadas e planejadas. A porcelana é preferível em casos que exigem máxima estética, estabilidade de cor e longevidade, enquanto a resina composta é indicada para soluções conservadoras, reversíveis, acessíveis e de fácil reparabilidade, desde que acompanhadas de manutenção regular e controle clínico periódico.
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