Uma breve introdução sobre autismo

  • Beatriz Varela
  • Pedro Guilherme Basso Machado
Palavras-chave: autismo, etiologia, características, intervenções

Resumo

O autismo é um transtorno do desenvolvimento, persistente por toda vida, pois não possui cura, nem causas consistentemente esclarecidas, contudo, nos últimos estudos tem sido estudada a participação genética na etiologia. O termo foi citado pela primeira vez em 1906, ao longo do tempo teve sua classificação modificada pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), onde atualmente é encontrado em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), caracterizado pelo desenvolvimento atípico nas áreas de interação social, comunicação, também por apresentar repertório restrito de atividades e interesses, variando de intensidade em cada indivíduo. Desta forma, propicia o isolamento, dependência e sofrimento, assim interferindo no ambiente familiar e na população em geral. Sua prevalência está aumentando, chegando a ultrapassar cem por cento num período de mais de dez anos, segundo a ONU atualmente existem 70 milhões de autistas no mundo. No entanto, intervenções e métodos educacionais, com base nos princípios da Análise do Comportamento, como o ABA e TEACCH; e um sistema de comunicação por trocas de figuras (PECs), possibilitam melhoras nesses sintomas e consequentemente na qualidade de vida nas pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. Além dos métodos de intervenção, fármacos são utilizados para amenizar alguns sintomas do espectro, como por exemplo, a irritabilidade. Como metodologia, utilizou-se de pesquisa bibliográfica, descritiva e qualitativa com o objetivo de descrever características do Transtorno do Espectro do Autismo. Os resultados foram categorizados em: características (interação social, comunicação e comportamento), etiologia e tratamento. Por fim, reitera-se a importância do estudo do tema uma vez que a identificação de características pode subsidiar intervenções que possibilitem o desenvolvimento biopsicossocial destas pessoas, assim como a não identificação das mesmas pode ser um fator que prejudicial para os mesmos. Considera-se que o objetivo do trabalho foi parcialmente atingido, pois foram abordadas algumas características do transtorno, mas não se esgotou a literatura sobre o tema, e não foram citados outros aspectos que podem influenciar e contribuir na identificação de características e tratamento de pessoas com TEA.
Publicado
2017-02-15