ECONOMIA SOLIDÁRIA NO CRAS: OBSERVAÇÃO DE UM PROJETO PARA HUMANIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DE MULHERES RESIDENTES EM COLOMBO/PARANÁ

  • Márcia Terezinha Guedes dos SANTOS
  • Diego SILVA
Palavras-chave: Economia Solidária, Independência, Humanização

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo descrever a importância de um projeto de geração de renda realizado em um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) para a independência e humanização de mulheres residentes em comunidades carentes no município de Colombo, Paraná. Para tanto foram necessárias observações sistemáticas do grupo de mulheres atuantes no projeto e entrevistas com a coordenadora do CRAS. O projeto capacita mulheres para que elas gerem renda extra no orçamento da casa, uma vez que o perfil delas atualmente é o seguinte: mulheres solteiras, viúvas, divorciadas, que trabalham no mercado informal, como diaristas, costureiras e vendedoras autônomas, que possuem filhos e uma casa para sustentarem sozinhas. Para ingressar no grupo basta se inscrever no CRAS e conversar com as colegas sobre o que cada uma faz de melhor (costura, artesanato, venda, arrecadação de materiais, etc.). O grupo é auto gerenciado e os lucros são divididos igualmente entre os membros. Os produtos confeccionados envolvem panos de prato com pinturas, pufes de garrafas, enfeites, crochês, macramês, tricôs, almofadas, pesos de porta, entre outros. As mulheres participantes do grupo possuem o compromisso de ensinarem umas para as outras o que sabem fazer de melhor para que todas possam ser autônomas e agregarem conhecimentos. Todas elas também possuem o compromisso, de além de confeccionarem os produtos, buscarem parcerias com lojistas, empresas e entidades a fim de captar recursos, materiais e locais para venda dos produtos. Diversas feiras foram realizadas para que a captação de recursos financeiros e divisão igualitária dos mesmos fossem efetivadas. O projeto colabora para a independência econômica, humanização, auto-estima dessas mulheres, melhorando a qualidade de vida delas e possibilitando que exista uma rede de proteção na comunidade para mulheres e consequentemente para os filhos delas que serão assisitidos com maior atenção e cuidado, proporcionando desenvolvimento sustentável e comunitário.

Publicado
2016-05-03

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