TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

  • FRANCISCA EVELYN DE BRITO MARTINS Unibrasil
  • Ana Caroline Araújo Unibrasil
  • Francielle Beatriz da Silva Unibrasil
  • Celiane Alves
  • Fernanda Pereira de Caxias
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; criança; odontólogos; paciente.

Resumo

O grau do transtorno do espectro autista (TEA) é dividido em 3 níveis o Leve (exige apoio), moderado (exige apoio substancial) e severo (exige apoio muito substancial). Uma em cada cinquenta e quatro crianças, sendo a grande maioria meninos, nasce com transtorno de neurodesenvolvimento, demonstrando muitas características que exigem, por parte do cirurgião-dentista, uma capacidade de avaliação individual e especial para cada caso e nível do transtorno. A abordagem desse assunto na odontologia se justifica pelo fato que novas adaptações de atendimento às pessoas com TEA vêm sendo realizadas em consultórios odontológicos, porém, muitos profissionais carecem de instruções e reconhecimento de condutas e medidas adotadas para estes pacientes. A finalidade deste trabalho foi fazer uma revisão narrativa de literatura pra mostrar a importância do atendimento, a paciência e a relação que o profissional deve ter com o paciente que possui autismo. Foi realizada uma busca de artigos nas plataformas Scielo, Lilacs e Pubmed com as palavras-chave [autista], [autism AND dentistry], [dental treatment AND autism]. Foram incluídos artigos publicados do ano 2011 ao ano 2021. Os artigos mostram que muitas mudanças vêm sendo realizadas por profissionais, como as sedações que já não são mais utilizadas em todas as consultas e exames. Além disso, segue-se recomendações de psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil que têm apontado há décadas que crianças aprendem melhor por meio de experiências interativas e emocionalmente prazerosas, tais como, brincadeiras durante o atendimento odontológico, fazendo com que a criança se sinta mais compreendida e acolhida durante o processo. Devido à sensibilidade desses pacientes, o cirurgião-dentista deve manter uma rotina totalmente igual à cada retorno deles ao consultório, não realizando alterações dos móveis no ambiente. Deve também comemorar cada evolução dos pacientes, tendo como foco mantê-los sempre calmos, sem estresse e acolhidos ao ambiente que eles frequentarão. Estas adaptações são fundamentais à cada nível do transtorno, visto que, há formas diferentes de avaliar e realizar qualquer procedimento. Desse modo, conclui-se que a instrução do profissional cirurgião-dentista dentro do espectro autista é essencial para o desenvolvimento da área odontológica e inclusão dos pacientes com estas necessidades, desde a interação pessoal até à saúde bucal destes indivíduos. 

Publicado
2021-11-19
Seção
Odontologia

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