IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

  • Francielle Beatriz da Silva Unibrasil
  • Ana Caroline Araujo Rolla
  • Celiane Alves
  • Ronaldo Carmona de Souza
  • Luis Francisco Gomes reis
Palavras-chave: odontologia hospitalar; odontologia intensiva; xerostomia.

Resumo

Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o paciente está mais susceptível ao risco de infecção. É constatado que existe um aumento de cinco a dez vezes de contrair infecções. Devido ao estado clínico comprometido, muitos apresentam alterações no sistema imunológico, exposição a procedimentos invasivos, a desidratação terapêutica, o que leva a xerostomia, com diminuição da secreção salivar e ressecamento da mucosa oral, especialmente devido à incapacidade de nutrição, hidratação e respiração. Os pacientes hospitalizados em UTI apresentam-se totalmente dependentes de cuidados, e impossibilitados de realizar ou manter uma higienização oral adequada e eficiente, precisando, assim, do auxilio profissional devidamente capacitado ou que seja bem orientado para adequação ou reestabelecimento da qualidade do meio bucal. A finalidade desse trabalho é mostrar a importância de um cirurgião-dentista incorporado ao ambiente hospitalar principalmente dentro de uma unidade de terapia intensiva (UTI), em conjunto a uma equipa multidisciplinar. A literatura tem demonstrado a existência de influência da condição bucal na evolução do quadro dos pacientes, a complexidade do biofilme faz com que haja maior patogenicidade nos diversos sítios da cavidade oral, não apenas em dentes, como também mucosa de recobrimento, língua, dispositivos protéticos fixos e doenças periodontais. A cavidade oral é colonizada por diversos microrganismos que podem ser disseminados para outras partes do corpo por meio dos procedimentos hospitalares de rotina na UTI, como a intubação sob ventilação mecânica, que pode transportar bactérias presentes na região oral e orofaringe até os pulmões, favorecendo a instalação da pneumonia nosocomial, a qual está relacionada com aumento do tempo de hospitalização dos pacientes. Nos hospitais, esta complicação exige atenção especial, sendo a segunda causa de infecção hospitalar e a responsável por taxas significativas de morbidade e mortalidade em pacientes de todas as idades. Engloba de 10% a 15% das infecções hospitalares, sendo que de 20% a 50% dos pacientes afetados evolui á óbito. A atuação dos cirurgiões-dentistas nas UTI pode ser definida como uma prática que visa não só os cuidados das alterações bucais isolados, mas sim manter em mente a abordagem do paciente como um todo, concluiu-se que a odontologia hospitalar ou odontologia integrada deve trabalhar em conjunto com a equipe multidisciplinar promovendo saúde e bem estar para os pacientes.

Publicado
2021-11-19
Seção
Odontologia

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