REVISÃO DE LITERATURA: OZONIOTERAPIA EM TRATAMENTOS TEMPOROMANDIBULARES

Resumo

Ozonioterapia é um tratamento utilizado na área de práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), contendo uma mistura de dois gases (oxigênio e ozônio). A reação se da quando o oxigênio recebe uma descarga elétrica de alta voltagem (5-13mV) na qual o transforma-se em uma molécula tri atômica (O3) denominada Ozônio. Este gás tem inúmeras propriedades, dentre elas, a ação anti-inflamatória, bactericida, imunomoduladora, entre outras. Esta mistura pode ser utilizada de várias formas; líquida (água ozonizada), óleo ou em forma de gás. Existem várias vias de aplicação, porém as mais utilizadas são:  a subcutânea, intramuscular, intradérmica, paravertebral, intra-articular, tópica (bagging, óleo), auto hemo terapia menor e maior e insuflação retal, aplicação auricular.  Protocolos devem ser indicados de acordo com o tratamento desejado e seguindo o manual de uso descrito como tratado de Madrid e preconizado no Brasil. As concentrações podem variar de 05 até 80umg/ml de acordo com sua via de administração e indicação.
De acordo com a LEI 14.648/23 publicado no Diário Oficial da União recentemente, a ozonioterapia foi autorizada como tratamento complementar nas diversas patologias a que se aplica, sendo muito utilizada na odontologia para  tratamento e prevenção de doenças periodontais, tratamento de cáries, endodontias, cirurgias dentárias, preparo da pele para procedimentos estéticos  e tratamentos de  DTM (Disfunção temporomandibulares), a qual é uma alteração que acomete a articulação temporomandibular (ATM) e a musculatura mastigatória, causando dores ao abrir ou fechar a boca, estalidos, zumbidos, entre outros sintomas. Problemas de ordem psicossomática, envelhecimento, traumas, tensão muscular, cansaço, bruxismo e/ou apertamento dentário, artrite, alterações hormonais, hábitos deletérios como mascar chiclete e/ou roer unhas, podem levar ao agravo da disfunção.

 Na medicina está sendo muito utilizado para tratamentos de gastrointestinais, osteomusculares, distúrbios metabólicos, doenças autoimunes entre outros. Entretanto, ainda há uma polêmica sobre o uso desse tratamento em relação a classe médica, pois o Conselho Federal de Medicina (CFM) que só autoriza que seus profissionais utilizem a ozonioterapia como técnica experimental, pois, alegam não ter estudos científicos robustos que provem sua eficácia.

O objetivo deste estudo é mostrar a eficácia do ozônio como tratamento complementar, proporcionando a melhora da dor e qualidade de vida do paciente.

O gás ozônio entrando em contato com os fluidos corpóreos é capaz de inibir a produção de citocinas inflamatórias, que são responsáveis pela degradação da cartilagem, induzindo a reparação tecidual através da ativação dos fatores de crescimento, reduzindo o processo inflamatório.