EPILEPSIA: UM NOVO OLHAR
Resumo
A pesquisa parte do Estudo Prático de Aprendizagem (EPA) desenvolvido na disciplina de Psicologia da Educação, mas também apresentam cunho pessoal, uma vez que relaciona o saber experiencial às demandas contemporâneas visando ampliar do olhar para a pessoa diagnosticada com Epilepsia, bem como trazer à luz as práticas pedagógicas tradicionais vivenciadas no Norte Pioneiro do Paraná, na década de 1970, frente as novas práticas contemporâneas para atender esta demanda social. Sabe-se que a Epilepsia ainda é cercada por mitos, estigmas e preconceito, o que afeta o bem-estar dos indivíduos. A Epilepsia é um tipo de Transtorno Mental Crônico que afeta ambos os gêneros (OMS, 2017) e atualmente existem aproximadamente 50 milhões de pessoas ativas em todo o mundo, isto corresponde a um percentual de 1:100 pessoas (ABE, 2022) ou 3% de chance ao longo da vida dos indivíduos. As causas das crises são associadas problemas emocionais e nem sempre estão associados à gravidade do quadro clínico. Há dificuldade de aceitação do diagnóstico, seja pelas limitações que as crises acarretam ou pelo estigma social da condição, causando constrangimentos ao doente e pré-conceitos por parte da comunidade leiga. Sendo assim, saber como atuar diante de uma crise no âmbito escolar é essencial. Diante disso, utilizou-se como fundamentação teórica os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde e da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE). Já para a metodologia, optou-se por uma revisão de literatura (LAKATOS, MARCONI, 2017) de caráter qualitativo em bases de dados de Associações em todo o território nacional para verificar o tipo de informação divulgada e como era tratada no âmbito escolar. Verificou-se repositórios públicos de artigos relacionados ao tema, bem como coleta de depoimentos para compor a pesquisa. Como resultado, observou-se que em comparação a Educação à época, a Educação Pós-contemporânea busca estar informada a respeito das diferentes Dificuldades de Aprendizagens, Transtornos e Deficiências, estão em constante formação e frequentam redes de apoio, principalmente com o advento das TDIC. Observou-se também uma forte corrente de formação acerca de Epilepsia, tanto para docentes e discentes, visando a capacitação para lidar no espaço educativo e auxiliar na identificação precoce da doença, reduzindo o sofrimento psicossocial e contribuir para a redução do fracasso escolar. Sendo assim, como considerações finais, notou-se que os profissionais precisam aprofundar conhecimentos e quebrar paradigmas. Destaca-se o papel das associações com programas de capacitação ofertados para dirimir a desinformação e realizar a inclusão escolar do público. Ressalta-se que é essencial o tratamento com planejamento terapêutico adequado para o pleno desenvolvimento do estudante e salienta-se que a informação é o melhor remédio e a chave do sucesso para reduzir estigmas e fornecer dados importantes aos responsáveis, possibilitando diagnóstico e tratamento.
Referências
brasil. Liga Brasileira de Epilepsia (LBE). Mitos e verdades. São Paulo, 2022. Disponível em:
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde: 14/02 - Dia Internacional da Epilepsia. Brasília: 2022. Disponível em:
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico: projetos de pesquisa, pesquisa bibliográfica, teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso. 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2017.
OMS. Organização Mundial de Saúde. Epilepsia. Genebra: OMS, 2022. Disponível em:
RIOS, João Gabriel Barboza et al. Combatendo o estigma da epilepsia através de um videoclipe. Boletim do Curso de Medicina da UFSC, v. 6, n.2, 2020.
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