MICROBIOTA INTESTINAL E O IMPACTO DAS ALTERAÇÕES METABÓLICAS EM INDIVÍDUOS OBESOS

  • Juliana de Assis Rosa Viana Unibrasil
  • Jimena Ferreira da Costa
Palavras-chave: obesidade; microbiota intestinal; alterações metabólicas.

Resumo

A obesidade é considerada uma Doença Crônica não Transmissível (DCNT), e sua prevalência e ascensão tem sido um agravo problema de saúde pública na sociedade ocidental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracteriza-se através do índice de massa corporal (IMC) e sua associação com a mortalidade, onde, indivíduos com IMC maior ou igual a 30 kg/m2 são considerados obesos. Por se tratar de uma condição multifatorial, os determinantes da obesidade são múltiplos, e envolvem fatores genéticos, culturais e ambientais, e nesse contexto gera uma resposta inflamatória e sistêmica, contribuindo negativamente em desordens metabólicas e estritamente relacionadas na gênese de diversas comorbidades, tais como: síndrome metabólica, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. A maior parte dos microrganismos que residem no trato gastrointestinal são bactérias, as quais contribuem diretamente na modulação de todo o microbioma desde o nascimento até a vida adulta, sendo que esse processo tem sua constituição dependente da alimentação. Por isso, a dieta é um fator determinante das características da colonização intestinal, e um potencial modulador. Nesse sentido, o objetivo desta revisão foi relacionar o impacto de uma microbiota intestinal em desequilíbrio associada ao desenvolvimento da obesidade e suas complicações. A compreensão sobre o papel dos micro-organismos intestinais representa importante aspecto de investigação, capazes de contribuir positivamente ou negativamente nas respostas inflamatórias. O aumento de bifidobactérias e lactobacilos tem sido investido como coadjuvante na busca de modificação favorável na microbiota intestinal, estudos vem demonstrando que o tratamento com probióticos preveniu o desenvolvimento de tecidos gordurosos hepáticos e a infiltração de macrófagos no tecido adiposo, além da modulação hipotalâmica em neurotransmissores, leptina e grelina, que controlam a fome e à saciedade, reduzindo o ganho de peso e o consumo energético. Conclui-se que a microbiota intestinal em equilíbrio, está intimamente ligada a uma vida saudável, e o início da colonização se dá desde o momento do nascimento e amamentação, e posteriormente a uma dieta equilibrada associada a boas práticas e atividade física. A utilização de probióticos e prebióticos na modulação intestinal surgem como estratégia coadjuvante na prevenção e tratamento dessa condição clínica.

Publicado
2022-11-29
Seção
Nutrição

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