EFICÁCIA DA AURICULOTERAPIA NOS ACOMPANHANTES DAS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
Resumo
Introdução: A ansiedade, o estresse e a depressão são problemas comuns na vida
moderna, impactando especialmente a qualidade de vida de mães e cuidadoras de
crianças hospitalizadas. A hospitalização infantil provoca estresse tanto na criança
quanto na família, que enfrenta medo, culpa e ansiedade. A qualidade de vida é um
conceito amplo, que inclui aspectos físicos, emocionais e sociais, além do contexto
cultural e valores do indivíduo. A auriculoterapia, uma prática da Medicina
Tradicional Chinesa, é apresentada como uma intervenção eficaz e segura para
reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida das acompanhantes.
Justificativa: Considerando o grande número de crianças que necessitam de
acompanhamento em tempo integral durante a hospitalização, verifica-se a
necessidade de investigar as condições emocionais que essas acompanhantes são
submetidas para mensurar seu nível de qualidade de vida, de modo que, em
estudos futuros, seja possível implantar medidas que melhorem a qualidade de vida
desses familiares, tornando esse período menos traumático. Objetivo: Avaliar a
qualidade de vida dos acompanhantes de crianças hospitalizadas no setor
pediátrico após a aplicação da auriculoterapia. Desenvolvimento da
Investigação: A pesquisa caracterizou-se como um estudo experimental do tipo
ensaio de campo, realizada em um hospital privado na região metropolitana de
Curitiba, no setor de Pediatria, com as acompanhantes desses pacientes. Os
critérios de inclusão foram: acompanhantes de pacientes internados na pediatria,
sexo feminino, idade entre 18 e 60 anos, alfabetizadas, residentes no estado do
Paraná, acompanhando crianças de 0 a 12 anos. Os critérios de exclusão foram:
participantes com alergia a semente de mostarda ou fita micropore,
hipersensibilidade ou lesões no pavilhão auricular e participantes que não
responderam pela segunda vez ao questionário. A qualidade de vida foi avaliada
com o questionário WHOQOL Bref pré e pós sessão de auriculoterapia.
Resultados: O estudo foi realizado com 20 participantes, com média de idade de
32,05±8,26 anos. Ao comparar os resultados pré e pós-intervenção, observou-se
uma melhora significativa nos domínios físico (p = 0,001), psicológico (p = 0,001) e
de relações sociais (p = 0,003), com ênfase no domínio de satisfação com a saúde
(p = 0,000). Conclusão: A auriculoterapia teve um impacto positivo na qualidade
de vida das acompanhantes de crianças hospitalizadas no setor de pediatria. Os
resultados demonstraram melhorias significativas nos domínios físico, psicológico e
de relações sociais, especialmente na satisfação com a saúde, após a intervenção.
Por ser simples e não invasiva, é uma opção viável para práticas de cuidado
integrativo em hospitais, proporcionando suporte emocional e físico aos
acompanhantes.
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