EFEITOS DOS EXERCICIOS INTERVALADOS DE ALTA INTENSIDADE (HIIT) EM AMBIENTE AQUATICO NA FORÇA MUSCULAR DE IDOSOS.
Resumo
INTRODUÇÃO: A diminuição do desempenho físico, bem como a redução de força, são características inerentes ao processo de envelhecimento. Diversos são os fatores que colaboram para esta condição fisiológica, como a agregação de comorbidades, redução de convívio social e a diminuição da prática de atividades físicas. Neste processo de enfraquecimento, o idoso fica exposto a riscos, que podem afetar sua independência e suas atividades de vida diária, reduzindo sua funcionalidade. JUSTIFICATIVA: Observando a relação entre o envelhecimento e a diminuição de força muscular, percebe-se a necessidade da realização de estudos que analisem os benefícios de programas de exercícios na força muscular de idosos, visando promover um envelhecimento com maior qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar os efeitos dos exercícios intervalados de alta intensidade na força de membros superiores e inferiores de indivíduos idosos. DESENVOLVIMENTO DA INVESTIGAÇÃO: Estudo longitudinal, aprovado pelo CEP sob parecer n° 5.656.682, realizado com onze participantes com idade 71,81 ± 6,88, peso 70,18kg ± 11,24, estatura 1,63metros ± 0,08 e IMC de 26,22 Kg/m² ± 4,34, não sedentários, de ambos os sexos. Os participantes foram avaliados em relação a força de membros superiores e inferiores, por meio, da Bateria de testes Senior Fitness Test, antes e após aplicação de exercícios intervalado de alta intensidade, realizados em piscina aquecida, duas vezes na semana, com duração de 45 minutos, por 12 semanas. Os resultados obtidos pré e pós foram comparados pelo teste t de student pareado. RESULTADOS: Ao comparar a força de membro superior pré (esquerdo = 13,9 repetições ± 5,08; direito = 14,25 repetições ± 3,13) e pós (esquerdo =14,66 repetições ± 6,11; direito 14,75 repetições ± 4,55) e de membros inferiores pré (11 repetições ± 3,35) e pós aplicação dos exercícios intervalados de alta intensidade (10,75 repetições ± 2,59) não foi verificada diferenças significativas (p >0,05). CONCLUSÃO: A aplicação dos exercícios intervalados de alta intensidade por 12 semanas não foi suficiente para promover modificações na força muscular de membros superiores e inferiores do grupo de idosos estudados.
Palavras-chave: Envelhecimento; força muscular; treinamento intervalado de alta intensidade, Fisioterapia aquática.
Referências
2. ARGIMON, I.I.L; Stein, L.M. Habilidades cognitivas em indivíduos muito idosos: Um estudo longitudinal. Cadernos de Saúde Pública, 2005; 21(1), 64-72.
3. BENEDETTI, T.R.B.; MAZO, G.Z.; GOBBI, S.; AMORIM, M.; GOBBI, L.T.B.; et.at. Valores normativos de aptidão funcional em mulheres de 70 a 79 anos. Rev. Bras.Cineantropom. Desempenho Hum. 2007; 9(1): 28-36.
4. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID). Senior Fitness Test – SFT. Universidade do Estado de Santa Catarina. Disponível em: http://www.cefid.udesc.br/arquivos/id_submenu/1173/senior_fitness_test.pdf. Acesso em: 08 de out 2021.
5. FECHINE BR; TROMPIERI N. O processo de envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Inter science place, 2012; 1(20), 106-132.
6. FERRANTINI, A.C.; BORGES, C.F.; MORELLI, J.G.S.; REBELATTO, J.R. A execução de AVDS e mobilidade funcional em idosos institucionalizados e não-institucionalizados. Revista Fisioterapia em Movimento, 2007; 20 (3): 115-121.
7. FLECK S. T.; KRAEMER W. J.; Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 3.Ed. Porto Alegre: Artmed-Bookman, 2006.
8. FREITAS EV; PY L; NERI AL; CANÇADO FAX; GARZONI ML; ROCHA SM. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
9. FREITAS, M.; MARUYAMA, S.; FERREIRA, T.; MOTTA, A. Perspectivas das pesquisas em gerontologia e geriatria: Revisão de literatura. Rev Latino-am Enfermagem. 2002; 10(2):221-8.
10. GOMES, E.C.C.; SOUZA, S.L.; MARQUES, P.; LEAL, M.C.C. Treino de estimulação de memória e a funcionalidade do idoso sem comprometimento cognitivo: uma revisão integrativa Ciência e Saúde Coletiva, 2020; 25(6):2193-2202.
11. GOMEZ, Pedro Piqueras; SANCHEZ, Marta Gonzalez. Treinamento de intervalos de alta intensidade (hiit) em idosos: uma revisão sistemática. Pensar en Movimiento [online]. 2019, vol.17, n.1, pp.118-139. ISSN 1659-4436. http://dx.doi.org/10.15517/pensarmov.v17i1.35494.
12. Milanović, Z., Sporiš, G., y Weston, M. (2015). Effectiveness of High-Intensity Interval Training (HIT) and Continuous Endurance Training for VO2max Improvements: A Systematic Review and Meta-Analysis of Controlled Trials. Sports Medicine, 45(10), 1469–1481. doi: https://doi.org/10.1007/s40279-015-0365-0
13. MOREIRA, A.; MENEZES, E.; CUSTÓDIO, D.; CARDOSO, F.; MAZO, G. S.F.T. preditora de risco de queda Senior: fitness test no risco de queda em idosos: um estudo prospectivo. Rev Bras Educ Fís Esporte, 2020;34(2):195-203.
14. PAPALÉO, N.M. Tratado de gerontologia. 2ª edição. São Paulo: Atheneu, 2007.
15. RIKLI, R.; JONES, J. Development and validation of a functional fitness test for a community-residing adults. Aging Phys Act. 1999; 7(2):129–6.
16. SIMAO, R. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para Grupos Especiais. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2004.
17. TEIXEIRA, C.S.; PEREIRA, Érico F.; ROSSI, A.G. A hidroginástica como meio para manutenção da qualidade de vida e saúde do idoso. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2007; 14(4):226-32. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102868.
18. TROEN, R.B. The Biology of Aging. Mt Sinai J Med, 2003; 70(1):3-22.
19. VERAS, R. P. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de agravos. Cadernos de Saúde Pública. v. 19, p. 705-715, 2003. Promoção da saúde e qualidade de vida nos idosos na saúde da família. Dissertação (Especialização em Atenção básica em Saúde da Família) - Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.
Copyright (c) 2024 Anais do EVINCI - UniBrasil

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.