INCIDÊNCIA DE PARASITOS EM LAGOAS DE PARQUES DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA
Palavras-chave:
Acanthamoeba, Balamuthia mandrillaris, Água de recreação, Encefalite Amebiana Granulomatosa (EAG), Parques públicos
Resumo
As águas de recreação são um ambiente propício para infecções por parasitos de veiculação hídrica. A prática de atividades como banho, pesca e esportes aquáticos, expõe a população a patógenos potenciais cuja incidência no local, na maioria das vezes é desconhecida. Embora no município de Curitiba seja proibida a prática de nado e pesca nas lagoas de parques públicos, a fiscalização e monitoramento da qualidade da água são praticamente inexistentes. Tendo em vista a poluição e a falta de levantamentos parasitológicos nesses locais, nosso objetivo foi avaliar a presença de protozoários e helmintos de veiculação hídrica em 7 parques de Curitiba e região metropolitana. Os locais de coleta foram: Parque Municipal do Passaúna, Parque Náutico, Parque Barigui, Parque Tingui e Parque Tanguá, no município de Curitiba, Parque das Águas no município de Pinhais, e Parque São José no município de São José dos Pinhais. Foram coletadas 5 amostras de 100 ml de água em cada parque, preservando com 3 ml de formalina a 10%. Foi utilizado os métodos de sedimentação descrito por Hoffman, Pons e Janer (HPJ) (1934) e o de centrífugo-flutuação proposto por Faust (1938), para analisar as amostras. Através do método HPJ as amostras do Parque Passaúna deram positivo para cistos de Acanthamoeba sp. e Balamuthia mandrillaris. Estes protozoários são classificados como amebas de vida livre (AVL) e são considerados anfizóicos, pois podem sobreviver como parasitas ou no ambiente. Os dois gêneros de AVLs são conhecidos por serem os agentes etiológicos da encefalite amebiana granulomatosa (EAG), infecção no cérebro com alta taxa de letalidade. Além disso, podem causar infecções na pele, pulmões e também nos olhos, provocando a ceratite que pode levar à cegueira. Este estudo apresentou a necessidade do Estado priorizar as demandas de saneamento básico, aumentar a fiscalização e realizar análises microbiológicas na água dos parques, tratar a poluição desses locais e informar a comunidade sobre os riscos de praticar qualquer atividade aquática nesses ambientes. Ademais, trouxemos uma contribuição nova para a comunidade científica, evidenciando a necessidade de mais estudos sobre os parasitos de veiculação hídrica, avaliação de impacto e estratégias de controle.
Publicado
2025-11-25
Seção
Biomedicina
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