Poder da imagem: a figura da criança como recurso de comoção da opinião pública

  • Giovanna Carolina Tortato Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Giovanna Faria Menezes Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Ketlin Cristine de Mattos Dos Santos Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Rodolfo Stancki Centro Universitário Autônomo do Brasil
Palavras-chave: análise de imagem, criança, fotografia, guerra da Síria

Resumo

Diariamente, a mídia oferece um número infinito de imagens, que em sua maioria têm a função de ilustrar uma matéria ou ser um complemento do texto. Porém, em alguns casos, uma foto se torna tão marcante que acaba por ser, ela mesma, o conteúdo principal. O texto jornalístico passa, então, a trabalhar em função desse recurso visual. São imagens que se fixam no noticiário, tornando-se representação de uma realidade. É dessas imagens que surge a inquietação deste trabalho, que se propõe a analisar os motivos que levam uma imagem específica a ter o poder de comover e transformar a sociedade. O artigo ao qual esse resumo se refere busca entender o porquê de imagens jornalísticas de um mesmo evento, nesse caso em particular a guerra da Síria, passam a ter um peso de comoção maior quando envolvem a figura da criança. O conflito em si é bastante documentado e noticiado, mas parece haver mais destaque no interesse público quando crianças estão envolvidas. Pois, mesmo que essa realidade atinja amplamente a Síria, e assim por óbvio também as crianças, o impacto imagético de ver o sofrimento infantil parece causar mais engajamento popular. O objetivo da pesquisa é analisar de que forma a presença da criança em imagens de conflitos, tragédias ou em situações de risco, ao serem divulgadas na mídia, podem gerar impacto e influenciar a opinião pública, ao despertar o sentimento de comoção. Para este estudo, foram analisadas duas imagens: a de Aylan Kurdi, criança síria de três anos de idade que morreu afogada no mar Mediterrâneo tentando emigrar para o Canadá, em 2015; e a imagem de Omran Daqneesh, criança síria de cinco anos ferida após o bombardeio em Aleppo, em 2016. Ambas as fotografias têm ligação direta com a crise na Síria e mostram a realidade da população. Essas imagens tornaram-se símbolo de uma realidade e são configuradas como produtora de sentido, pois elas são o próprio fato. O percurso do trabalho foi feito através da análise de imagem, entendendo-a como imagem visual, ou seja, que possuí materialidade. Busca-se, em cada fotografia, encontrar elementos que provoquem comoção. A pesquisa investiga a figura da criança e sua significância em geral, tanto no sentido da análise de imagem quanto de discurso. Uma consideração esperada ao fim do trabalho é o reconhecimento do poder da imagem como forma de comoção durante conflitos, com registros desde antes da Primeira Guerra Mundial, na qual a fotografia já teve papel de registro e divulgação. Entre outras digressões, apresentamos potenciais motivos para que a figura da infância seja tão sensível a diversas culturas. A criança é, afinal, um ser que todos, independentemente do contexto social, tendem a defender.

Diariamente, a mídia oferece um número infinito de imagens, que em sua maioria têm a função de ilustrar uma matéria ou ser um complemento do texto. Porém, em alguns casos, uma foto se torna tão marcante que acaba por ser, ela mesma, o conteúdo principal. O texto jornalístico passa, então, a trabalhar em função desse recurso visual. São imagens que se fixam no noticiário, tornando-se representação de uma realidade. É dessas imagens que surge a inquietação deste trabalho, que se propõe a analisar os motivos que levam uma imagem específica a ter o poder de comover e transformar a sociedade. O artigo ao qual esse resumo se refere busca entender o porquê de imagens jornalísticas de um mesmo evento, nesse caso em particular a guerra da Síria, passam a ter um peso de comoção maior quando envolvem a figura da criança. O conflito em si é bastante documentado e noticiado, mas parece haver mais destaque no interesse público quando crianças estão envolvidas. Pois, mesmo que essa realidade atinja amplamente a Síria, e assim por óbvio também as crianças, o impacto imagético de ver o sofrimento infantil parece causar mais engajamento popular. O objetivo da pesquisa é analisar de que forma a presença da criança em imagens de conflitos, tragédias ou em situações de risco, ao serem divulgadas na mídia, podem gerar impacto e influenciar a opinião pública, ao despertar o sentimento de comoção. Para este estudo, foram analisadas duas imagens: a de Aylan Kurdi, criança síria de três anos de idade que morreu afogada no mar Mediterrâneo tentando emigrar para o Canadá, em 2015; e a imagem de Omran Daqneesh, criança síria de cinco anos ferida após o bombardeio em Aleppo, em 2016. Ambas as fotografias têm ligação direta com a crise na Síria e mostram a realidade da população. Essas imagens tornaram-se símbolo de uma realidade e são configuradas como produtora de sentido, pois elas são o próprio fato. O percurso do trabalho foi feito através da análise de imagem, entendendo-a como imagem visual, ou seja, que possuí materialidade. Busca-se, em cada fotografia, encontrar elementos que provoquem comoção. A pesquisa investiga a figura da criança e sua significância em geral, tanto no sentido da análise de imagem quanto de discurso. Uma consideração esperada ao fim do trabalho é o reconhecimento do poder da imagem como forma de comoção durante conflitos, com registros desde antes da Primeira Guerra Mundial, na qual a fotografia já teve papel de registro e divulgação. Entre outras digressões, apresentamos potenciais motivos para que a figura da infância seja tão sensível a diversas culturas. A criança é, afinal, um ser que todos, independentemente do contexto social, tendem a defender.Diariamente, a mídia oferece um número infinito de imagens, que em sua maioria têm a função de ilustrar uma matéria ou ser um complemento do texto. Porém, em alguns casos, uma foto se torna tão marcante que acaba por ser, ela mesma, o conteúdo principal. O texto jornalístico passa, então, a trabalhar em função desse recurso visual. São imagens que se fixam no noticiário, tornando-se representação de uma realidade. É dessas imagens que surge a inquietação deste trabalho, que se propõe a analisar os motivos que levam uma imagem específica a ter o poder de comover e transformar a sociedade. O artigo ao qual esse resumo se refere busca entender o porquê de imagens jornalísticas de um mesmo evento, nesse caso em particular a guerra da Síria, passam a ter um peso de comoção maior quando envolvem a figura da criança. O conflito em si é bastante documentado e noticiado, mas parece haver mais destaque no interesse público quando crianças estão envolvidas. Pois, mesmo que essa realidade atinja amplamente a Síria, e assim por óbvio também as crianças, o impacto imagético de ver o sofrimento infantil parece causar mais engajamento popular. O objetivo da pesquisa é analisar de que forma a presença da criança em imagens de conflitos, tragédias ou em situações de risco, ao serem divulgadas na mídia, podem gerar impacto e influenciar a opinião pública, ao despertar o sentimento de comoção. Para este estudo, foram analisadas duas imagens: a de Aylan Kurdi, criança síria de três anos de idade que morreu afogada no mar Mediterrâneo tentando emigrar para o Canadá, em 2015; e a imagem de Omran Daqneesh, criança síria de cinco anos ferida após o bombardeio em Aleppo, em 2016. Ambas as fotografias têm ligação direta com a crise na Síria e mostram a realidade da população. Essas imagens tornaram-se símbolo de uma realidade e são configuradas como produtora de sentido, pois elas são o próprio fato. O percurso do trabalho foi feito através da análise de imagem, entendendo-a como imagem visual, ou seja, que possuí materialidade. Busca-se, em cada fotografia, encontrar elementos que provoquem comoção. A pesquisa investiga a figura da criança e sua significância em geral, tanto no sentido da análise de imagem quanto de discurso. Uma consideração esperada ao fim do trabalho é o reconhecimento do poder da imagem como forma de comoção durante conflitos, com registros desde antes da Primeira Guerra Mundial, na qual a fotografia já teve papel de registro e divulgação. Entre outras digressões, apresentamos potenciais motivos para que a figura da infância seja tão sensível a diversas culturas. A criança é, afinal, um ser que todos, independentemente do contexto social, tendem a defender.

Publicado
2016-11-08
Seção
Jornalismo