UM OLHAR ACERCA DA LITERATURA DE LÉLIA GONZALES: O PARADIGMA DA MULHER NEGRA NO BRASIL

  • Júlia Nogueira Michelotto Unibrasil Centro Universitário
  • Andressa da Silva Mandira Batista Unibrasil
  • Glacielli Thaiz Souza de Oliveira UNIBRASIL
Palavras-chave: Mulher negra, Racismo, sociedade,

Resumo

Esta pesquisa faz parte do GRUPO GETRAVI/UNIBRASIL, na sublinha gênero e feminismo negro. Tem por objetivo apontar alguns estigmas que as mulheres negras carregam dentro da sociedade, através de um olhar as obras de Lélia Gonzales. Através de estudos e leituras se faz clara a posição da mulher negra dentro da sociedade: mulata, domestica atoa, fácil, etc. Estas ideias estão tão arraigadas em nossa sociedade que nos é comum tratar este assunto com leviandade. Os negros por muitos séculos foram colocados na “lata de lixo” da sociedade brasileira e por muitos anos foram convencidos que ali seria o seu lugar, pegando esta ideia para si e naturalizando o domínio branco. Negros que se destacam com uma formação ou posição “privilegiada” na sociedade não são vistos mais como negros porque não é natural um negro alcançar um lugar de poder. Sabendo que somos frutos de uma sociedade patriarcal que sempre colocou o homem branco em posição de posse, sendo assim onde fica a mulher? E mais, onde fica a mulher negra? O mito da democracia racial se concretiza no carnaval, a festividade em que a mulher negra é vista como Deusa, fazendo com que seja olhada dessa única forma, um objeto, ocultando sua verdadeira realidade. A ideia de que a mulher branca é superior se exterioriza nas mulheres negras, podemos observar os exemplos de mulheres negras que não se acham boas e/ou bonitas o suficiente, porque o padrão de beleza da sociedade é branca, então elas tentam clarear a pele, escovar e pintar o cabelo, basicamente acabar com a sua beleza natural e traços fortes que uma mulher negra tem. Pra analisar estes fatos foram utilizadas reflexões e pesquisas bibliográfica embasadas no texto de Lélia Gonzales, Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira. Conclui-se que há ainda um longo caminho a ser percorrido até alcançarmos uma sociedade sem distinções de classe, étnicos raciais e culturais.

Biografia do Autor

Júlia Nogueira Michelotto, Unibrasil Centro Universitário

Estudante de Serviço Social, participante do GETRAVI sublinha Gênero e Feminismo Negro e de Tradição Marxista e Democracia.

Andressa da Silva Mandira Batista, Unibrasil
Monitora de iniciação cientifica do Serviço Social/GETRAVI/Bolsista.
Glacielli Thaiz Souza de Oliveira, UNIBRASIL
Coordenadora e professora do Curso de Serviço Social (UNIBRASIL, graduação em Serviço Social, Especialização em Questão Social em uma perspectiva Interdisciplinar, Mestranda em Tecnologia e Sociedade (UTFPR).
Publicado
2016-11-08
Seção
Serviço Social