A RESILIÊNCIA FAMILIAR NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO LUTO

  • Emilly Daniela Costa Nascimento
  • Flávia Diniz Roldão
Palavras-chave: Resiliência, Resiliência Familiar, Luto, Morte.

Resumo

 

Este trabalho tem como objetivo propor uma reflexão sobre o trabalho com a resiliência familiar no processo de elaboração do luto. Através de pesquisa bibliográfica buscou-se conhecer autores que discorressem sobre o tema, e neste levantamento destacam-se as ideias de Froma Walsh. Esta autora aborda a importância da resiliência familiar no processo de elaboração do luto familiar e o valor de trabalhar com este conceito no processo terapêutico. O tema foi de escolha da autora visando às inúmeras situações pelas quais o ser humano tem que passar durante sua vida e precisará enfrentá-las. Ser resiliente consiste na capacidade de o indivíduo superar as crises e adversidades, utilizando seus próprios recursos, mesmo que estes lhe deixem diversas marcas em sua trajetória, mas ainda assim ele sai desse processo de uma forma melhor, ou mais fortalecido. Dentre as crises que o indivíduo está sujeito, destaca-se o tema do luto, que é presente em diferentes situações: morte, divórcio, perca de um emprego, ou até mesmo de parte do corpo. Neste trabalho será abordado o tema do luto pela morte. As leituras realizadas permitiram compreender como o impacto da morte na família atinge cada indivíduo, e como sua reação ressoa no sistema familiar. A resiliência pode ser trabalhada como instrumento terapêutico, visando manter uma estabilidade emocional para dar sequência à vida, para superar as adversidades e ajudar no enfrentamento das mesmas. Dos fatores que podem contribuir neste processo, estão as redes de relações que o indivíduo e sua família mantêm, suas crenças e valores, flexibilidade para estabelecer novos papéis e funções frente à morte, estabelecer relacionamentos, constituindo rede de apoio. O estudo possibilitou uma melhor compreensão do conceito de resiliência e resiliência familiar. Das contribuições que esta pesquisa pôde oferecer, observa-se que favoreceu a percepção da importância desta categoria no processo de ressignificação de eventos da vida, e no processo psicoterápico com famílias enlutadas. Embora exista ainda um tabu sobre o tema do luto, ser resiliente neste momento de adversidade é um caminho possível para os indivíduos e as famílias superarem este momento difícil.

 

Publicado
2018-02-27