PRESENÇA DE CÂNCER EM FAMILIARES DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU EM MULHERES COM E SEM CÂNCER

  • Paula Danka Lubas da Silva UNBRASIL
  • Patrícia Carvalho Franco Ferreira
  • Olair Carlos Beltrame
  • Jeanine Marie Nardim
  • José Claudio Casali da Rocha
  • Lisangela Cristina de Oliveira Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Palavras-chave: câncer mama, hereditariedade, histórico familiar.

Resumo

Resumo

O câncer é considerado uma das maiores causas de morte no mundo e é definido como uma doença genômica, surgindo como consequência de alterações cumulativas no material genético, dos fatores metabólitos e regulatórios de células normais, as quais sofrem transformações até se tornarem malignas. Sabe-se que o câncer de mama (CA de mama) é mais comum em mulheres, com uma taxa de 57.960 casos novos, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres no Brasil no ano de 2016. Existem diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento do CA de mama, tais como: uso de terapia de reposição hormonal, ooferectomia, exposição solar, alcoolismo e hereditariedade, sendo o último um dos mais importantes. Este estudo foi realizado em um hospital oncológico de Curitiba intitulado: Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, entre maio de 2016 e janeiro de 2017. Foram entrevistadas 34 mulheres com CA de mama (casos) e 105 doadoras de sangue (controles), os questionários tiveram como objetivo descrever a presença de câncer em familiares de primeiro e segundo grau nos dois grupos. A média de idades do grupo casos foi de 44,35 anos, e do grupo controle 41,72 anos. Quando perguntado sobre a presença de câncer (CA) nos pais 72,72% responderam que não e 24,24% responderam que sim pai e/ou mãe já tiveram ou têm câncer, cerca de 3% não souberam informar. Para o grupo controle pai e/ou mãe tiveram CA em 14,28% dos casos, 75,23% relataram não possuir histórico e 10,47% não souberam informar. A presença de CA nos avós paternos no grupo caso foi de 63,63% e nos avós maternos 60,60%. Para o grupo controle 10,47% relataram presença de CA nos avós paternos e 20% nos maternos, 46,66% não souberam informar sobre os avós paternos e 33,33% não souberam responder. Observou-se nesse estudo que quando comparado as porcentagens da presença de CA em familiares de primeiro e segundo grau entre os grupos de mulheres casos e controles, há mais presença de CA nos familiares do grupo caso, fato que pode indicar hereditariedade. O conhecimento sobre o histórico familiar de CA encontrou-se maior no grupo casos, o que pode indicar maior interesse no histórico devido estas apresentarem a doença e entender a importância desta informação. O histórico de CA, tanto nos casos quanto nos controles, apresentou maior ocorrência nos avós paternos e/ou maternos em relação aos pais, este fato pode estar ligado a idade mais avançada e que os pais podem ainda não ter desenvolvido a doença. O conhecimento do histórico familial de CA são essenciais para o acompanhamento do paciente com câncer devido a predisposição genética, e que estes indivíduos podem conhecer e controlar outros dos fatores de pré-disposição a que estão expostas elaborando junto com a equipe multidisciplinar que o acompanha medidas de prevenção primária e secundária, melhorando de forma mais eficaz o tratamento da doença.

 

Palavras-chaves: câncer mama; hereditariedade; histórico familiar.

Biografia do Autor

Paula Danka Lubas da Silva, UNBRASIL
Acadêmica do Curso de Biomedicina Unibrasil
Patrícia Carvalho Franco Ferreira
Acadêmica de Farmácia do Unibrasil
Olair Carlos Beltrame
Bioquímico do Hospital Erasto Gaertner
Jeanine Marie Nardim
Profª da Escola de Saúde do Unibrasil
José Claudio Casali da Rocha
Médico do Hospital Erasto Gaertner
Lisangela Cristina de Oliveira, Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Farmacêutica Bioquímica - profª da Escola de Saúde do UNIBRASIL desde 2008 e Bioquímica do Laboratório Municipal de Araucária desde 2001.
Publicado
2018-02-19

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