A HISTÓRIA DO HUMOR NO RÁDIO

  • Thays Renata POLETTO
  • Anderson Adriano MEOTTI
  • Cristieli de Oliveira CORDEIRO
  • Marcelle Nogueira de SOUZA
  • Mirian de Fátima VILLA
  • Pedro Henrique DUTRA
  • Poliana Nogueira MARCELINO
  • Veridiana Toledo SANTOS
Palavras-chave: Rádio, História do Rádio, Humor no Rádio, Crítica no Rádio

Resumo

Esta pesquisa preocupa-se com o surgimento e o desenvolvimento de programas de humor no rádio brasileiro e funciona como resgate da memória do veículo e de seus profissionais. Através de bibliografias e citações de áudios, o texto mostra a evolução desse gênero, os processos para se fazer humor nas transmissões de rádio e as mudanças (como, quando e porque ocorreram) desse tipo de emissão dentro do veículo. Este trabalho mostra a adaptação ao que acontecia nos períodos da história, como eram e como são atualmente esses programas, quais linguagens e recursos inseridos em cada época. O rádio tem um papel fundamental no cenário cômico do país. O primeiro registro que se tem de um programa humorístico periódico é do “A Cascatinha do Genaro”, transmitido na Rádio São Paulo, e apresentado pelo personagem por Zé Fidellis, de Gino Cortopassi. Ao longo do tempo foram surgindo outros, como “As Aventuras de Nhô Tonico”, “As Aventuras da Vila Arrelia”, “Chiquinho, Chicote e Chicória” e “Escolinha de Dona Olinda”, apresentado por Vittal Fernandes, um ícone do humor no rádio. Entre os mais famosos, estão “Balança mais não cai”, que se passava em um edifício, e “PRK 30”, com Lauro Borges e Castro Barbosa, que, numa suposta rádio pirata, faziam graça com outras transmissões radiofônicas e acontecimentos da época. Na década de 40, apareceram as transmissões com Chico Anísio e Renato Murse e, em 1942, estreiou o “Cassino do Chacrinha”. O humor foi mudando no rádio e muito do que havia no veículo foi levado para a televisão. Hoje se destacam programas e quadros como “Missão Impossível”, “Pânico”, “Programa do Mução”, “Chuchu Beleza” e “Jackson Five”. Percebe-se que os primeiros programas humorísticos tinham uma forma clara e objetiva e vinham acompanhados de abordagens inteligentes e bem elaboradas, para retratar de forma cômica situações do cotidiano e eram de interesse comum. Os programas de rádio atuais também fazem uma leitura de fatos do cotidiano, seja no âmbito político, social ou outro. Aplicam o humor, mas buscam mais as entrelinhas para deixar a mensagem que gostariam de passar. É importante dizer que além de divertir, os programas de humor também muitas vezes contém informação, comentário e crítica. Conclui-se que este é um dos fatores que levaram as rádios a criarem programas e quadros humorísticos em suas grades de programação, levando ao ouvinte as informações de forma mais leve, auxiliando o entendimento de forma mais simples e fácil por parte do público.
Publicado
2016-06-08

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