A política da saúde na Era Vargas: uma forma de silenciar as demandas emergentes da época

  • Renata Ellen Pedroso Acadêmica de Serviço Social - Unibrasil Centro Universitaio
  • Patricia Layla Pedroso Graduada em Fisioterapia - Unibrasil Centro Universitaio
  • Jussara Marques de Medeiros Dias Professora do curso de Serviço Social - Unibrasil Centro Universitaio
Palavras-chave: Getúlio Vargas, Saúde, Políticas Sociais.

Resumo

No inicio do século XX a população pobre e trabalhadora não dispunha de atendimento nos hospitais, dependendo apenas da caridade e de ações filantrópicas em hospitais mantidos pela igreja. É em 1930, na estrutura sindical getulista, que o Estado passou a implantar políticas sociais. Foi então instituído um sistema corporativista que estava ligado aos trabalhadores que eram incentivados a se integrarem ao sistema sindical criado por Getulio Vargas, transformando as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), em Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), ligados as empresas e seus trabalhadores, garantindo assistência médica. Na época o Brasil tinha sua economia fundada na monocultura do café e precisava de algumas categorias de trabalhadores para o processo de produção e circulação desta mercadoria, sendo assim, Vargas implantou os direitos trabalhistas e previdenciários para as categorias dos marítimos, ferroviários, comerciários, bancários, etc., visando manter a saúde destes trabalhadores sob controle, garantindo a efetividade do serviço prestado. No âmbito da saúde os IAPs asseguravam aos trabalhadores um plano de assistência em saúde, adotando medidas paliativas no cuidado médico. Esta assistência médica individual dos trabalhadores estava ligada ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comercio (MTIC), porém idosos, crianças e outras categorias de trabalhadores ainda dependiam de caridade e filantropia. O objetivo deste estudo é contextualizar as políticas sociais na Era Vargas. A metodologia aplicada contou com a realização de uma revisão da literatura indexada nas bases de dados Scielo e Lilacs. Utilizando os descritores cadastrados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) “Getúlio Vargas”, “Getulista” e “Saúde”, foram encontrados sete artigos, dos quais, apenas cinco obedeciam aos critérios de inclusão e exclusão. Ao final, foi constatado que o governo populista de Vargas visava à manutenção da ordem social e o controle dos trabalhadores, utilizando Políticas Sociais unicamente paliativas para atender as demandas emergentes.

Publicado
2016-11-08
Seção
Serviço Social