RECUSA ALIMENTAR NA INFÂNCIA: UM ENFOQUE PSICANALÍTICO

  • Kamilla da Silva PINTO Unibrasil Centro Universitário
  • Ana Suy Sesarino KUSS Unibrasil Centro Universitário
Palavras-chave: Recusa alimentar, Infância, Sintoma

Resumo

Este estudo tem como objetivo promover algumas reflexões acerca de impasses alimentares na infância, enquanto recusa. Pretende-se também denotar a ligação desse sintoma com a figura materna. O seio materno, ou, ainda o seu substituto, serve como um meio no qual o bebê irá se alimentar. Entretanto, para além das questões biológicas da alimentação, estão atreladas questões que não se referem apenas ao saciar da fome. Esta fase inicial na qual o bebê experimenta o prazer oral, é nomeada por Freud como fase oral. Lacan postula que nesta fase envolvem-se duas demandas: a de ser alimentado e a de se deixar alimentar. Para tanto, a relação inicial entre mãe e bebê é dual, onde esta que exerce a função materna será o primeiro objeto no qual o bebê investirá libido. Porém, posteriormente, será necessária a entrada da função paterna. A entrada do pai, enquanto aquele que encarna a função de significante de Nome-do-Pai, será fundamental para que a criança tenha a possibilidade de sair desta relação dual com a mãe e assim possa se constituir como sujeito. Mas diante da construção da relação entre mãe e bebê, quando a criança se recusa a se alimentar, o que se pode pensar que poderia sustentar tal recusa?  É a partir da consideração de que a alimentação da criança passa de forma fundamental por sua relação com a mãe, que este trabalho pretende elucidar alguns aspectos a respeito de possíveis dificuldades alimentares infantis.

Publicado
2016-11-08
Seção
Psicologia