A VITAMINA D E SUA RELAÇÃO COM O CÂNCER

  • Jéssica Terezinha Zardinello
  • Victoria Schuindt Da silva
  • Olair Carlos Beltrame
  • Jannaina Ferreira Melo Vasco
  • Luiza Souza Rodrigues
Palavras-chave: vitamina D, neoplasia, proliferação celular, câncer

Resumo

A vitamina D, considerada atualmente como um hormônio e adquirida especialmente pelo sol (aproximadamente 90%), é descrita como estando relacionada a diversas funções no organismo humano, incluindo a regulação do metabolismo do cálcio, do sistema imune, cardiovascular, esquelético e também por possuir propriedades antioncogênicas, exercendo funções regulatórias ao ciclo celular, diferenciação e apoptose. A fim de revisar a relação entre a vitamina D e o câncer, foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de busca nas bases de dados, SciELO e LILACS, de artigos completos publicados no período de 2010 a 2016 em português. Identificou-se 16 artigos, dos quais sete atenderam os critérios de inclusão. Destes, cinco autores relacionaram a diminuição da vitamina D com proliferação neoplásica, com impacto na proliferação celular, dois autores reforçaram a importância da suplementação devido aos riscos de exposição solar inadequada, com especial atenção à exposição exacerbada que também acarreta riscos à saúde. A análise do trabalho destacou que há evidências de que os cânceres de mama, ovário, próstata, do sistema digestivo, esôfago, colorretal e pancreático estejam relacionados à deficiência de vitamina D no organismo humano, isso porque o calcitriol (1,25(OH)2D), molécula metabolicamente ativa da vitamina D, liga-se a VDR (receptor de vitamina D) presente na grande maioria das células do corpo e este, por sua vez parece estar associado de maneira direta ou indireta na regulação de cerca de 3% do genoma humano. Com isso, baixos níveis de calcitriol levariam à desregulação desses processos celulares, promovendo proliferação celular e inibindo a apoptose. Apesar da relação entre vitamina D e câncer ainda não estarem muito clara, a vitamina D vem mostrando importante papel na participação do processo de proliferação e regulação celular agindo como uma substância protetora a possíveis neoplasias e abrindo novas possibilidades de pesquisas na área do tratamento e prevenção de alguns tipos de cânceres.

Publicado
2018-02-19

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