CONTROLE DE QUALIDADE DE CÁPSULAS DE CAPTOPRIL MANIPULADAS EM DIFERENTES FARMÁCIAS DE CURITIBA-PR

  • Amanda Muniz dos Santos de Lima Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Matheus Skrcek Ribeiro dos Santos Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Jaqueline Carneiro Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Mariana Lopes Teixeira Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: controle de qualidade, captopril, manipulação, BPM, hipertensão arterial, ANVISA

Resumo

As farmácias magistrais possibilitam estruturas terapêuticas diversificadas, fórmulas personalizadas e custo acessível. Por consequência, observa-se a ampliação da venda de medicamentos manipulados e maior necessidade de melhoria na qualidade com relação à formulações magistrais. A manipulação pode garantir o uso de medicamentos de qualidade que, juntamente com plano terapêutico eficaz, garantem sucesso no tratamento das mais diversas patologias. Como exemplo, têm-se a importância do tratamento adequado da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), pois trata-se de uma doença de alta prevalência, constituindo-se como fator de risco para o desenvolvimento de diversas condições patológicas. Ainda, a HAS é considerada um dos maiores problemas de saúde pública atualmente no Brasil e no mundo. Uma dos fármacos anti-hipertensivos mais utilizados é o captopril, listado como um dos medicamentos mais vendidos no Brasil. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho compreendeu a avaliação da qualidade de cápsulas de captopril manipuladas em diferentes farmácias de Curitiba-PR. Para tal, foram avaliados peso médio, teor de fármaco, características organolépticas, informações dos rótulos e reprodutibilidade de manipulação das amostras obtidas, de acordo com as normas da ANVISA e Farmacopeia Brasileira. Foram selecionadas quatro farmácias no município de Curitiba-Paraná (farmácias A, B, C e D), de bairros distintos, sendo duas farmácias com proprietários farmacêuticos (A e B) e duas farmácias com proprietários não farmacêuticos (C e D). As amostras foram adquiridas com receituário, e foram aviadas em três períodos de tempo diferentes, referentes aos meses de abril, maio e junho de 2019. Até o momento foram realizadas as análises de aspectos organolépticos, rotulagem e peso médio. Dentre as quatro farmácias analisadas, apenas a farmácia C não atendeu os critérios para análise de rotulagem e peso médio. Com relação à rotulagem, não se cumpriu o critério de possuir data da manipulação. Para o resultado de peso médio, a metodologia descrita na farmacopeia brasileira determina que não pode-se tolerar mais que duas unidades fora do limite especificado (10% para cápsulas duras com menos de 300 mg), o que aconteceu com a farmácia C, que apresentou cinco unidades no mês de maio e seis unidades no mês de junho fora dos limites. Portanto, a farmácia C, com proprietário não farmacêutico, foi reprovada na avaliação de peso médio de cápsulas de captopril. Em andamento, estão sendo realizadas análises de teor de fármaco para complementar esses resultados. Observando-se a relevância do questionamento da qualidade das formulações magistrais, este trabalho avaliou o perfil de qualidade prestados pelas farmácias magistrais do município de Curitiba-PR e a influência do profissional farmacêutico como proprietário.

Biografia do Autor

Amanda Muniz dos Santos de Lima, Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
Matheus Skrcek Ribeiro dos Santos, Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
Jaqueline Carneiro, Universidade Estadual de Ponta Grossa
Graduada em Farmácia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2007-2011). Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/Universidade Estadual do Centro-Oeste (2012-2014). Doutora pela Universidade Federal do Paraná (2014-2018), com período de Doutorado Sanduíche na Louisiana State University (Estados Unidos). Pós-Doutoranda - Bolsista PNPD/CAPES vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências-Bioquímica (UFPR). Professora no Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL. Área de atuação: Síntese orgânica, Química medicinal, Desenvolvimento de formulações farmacêuticas e cosméticas.
Mariana Lopes Teixeira, Universidade Federal do Paraná
Bacharela e licenciada em Química (2014), e Mestre em Química Orgânica (2017), ambos pela Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de química orgânica na síntese e estudo de compostos organocalcogenados (mais especificamente compostos de selênio e telúrio) que possuam atividade biológica pronunciada, como inibidores enzimáticos. Desenvolveu seu trabalho de mestrado no laboratório de Síntese Química e Enzimática - LaSQuE, entrelaçando três grandes áreas da química, tais como: química orgânica, química medicinal e físico-química. Atuou principalmente no estudo e investigação de propriedades físico-químicas de compostos orgânicos de telúrio, que possuem atividade biológica como inibidores de proteases. Professora no Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL.
Publicado
2020-01-22
Seção
Farmácia