PERFIL DA POPULAÇÃO PRISIONAL FEMININA: UMA ANÁLISE Á PARTIR DE COR E RAÇA

  • Thayane Carolina de Souza Melo UNIBRASIL
  • Andreia Lima Prendin UNIBRASIL
  • Nyniffer Ruckhaber Barbosa UNIBRASIL
  • Paula Geovana Evers Ramos UNIBRASIL
  • Alexandre Godoy Dotta UNIBRASIL
Palavras-chave: sistema prisional, mulheres, desigualdade, racismo

Resumo

A pesquisa realizada pelo Infopen, apresenta estatísticas sobre o perfil da população prisional feminina. Esta pesquisa tratará dos dados à partir da perspectiva de raça e cor, abordando o perfil das mulheres que se encontram no sistema prisional à partir de gráficos e levantamentos apontados pelo Infopen e o IBGE. O estudo da população prisional feminina se faz necessário, pois à partir desses dados podem ser adotadas politicas com o intuito de buscar o desencarceramento dessas mulheres, eis que o aumento da população carcerária feminina é cada vez mais alarmante. Atualmente, as mulheres negras apresentam mais da metade da população carcerária segundo os dados apresentados pelo IBGE, sendo 62% da população prisional feminina, estimativa de 25.581 mulheres negras e 15.051 mulheres brancas. Os maiores índices de aprisionamento de mulheres negras se encontram no Acre sendo 97%, Ceará 94% e Tocantins, Piauí e Maranhão com 90%. Esses dados nos confirmam a desigualdade social das mulheres negras desde à sua evolução histórica, ainda, o sistema prisional aumenta essa desigualdade se levarmos em conta que a maioria dos presídios não está preparado para suportar tal demanda. As mulheres condenadas ao sistema carcerário se encontram em prisões mistas e até mesmo juntamente com presidiários do sexo masculino, e temos ainda aquelas que se encontram em situação gestacional e não possuem nenhum suporte do Estado, muito menos um ambiente adequado para que possua uma gravidez segura. Conclui-se mediante uma análise das problemáticas e principais pontos entendidas como inércia do Estado de Direito.

Publicado
2020-01-20

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