BREVE REVISÃO DE ALGUMAS DAS TEORIAS ADVINDAS DO PÓS GUERRA FRIA À LUZ DA CULTURA E DA IDENTIDADE: NOVOS DESAFIOS, NOVOS MÉTODOS

Resumo

O presente trabalho apresenta e revisa, ainda que de maneira breve, três principais teorias advindas do pós Guerra Fria (1945-1991) e que lidam com, ou ao menos perpassam pela, questão da cultura e da identidade. Tais teorias são advindas tanto das Relações Internacionais quanto do Direito, sendo elas as seguintes: (1) teoria construtivista, que traz a questão dos agentes sociais para além da temática normativa (2) teoria ambientalista, elevando a questão do meio ambiente como valor e norma e (3) teoria pós colonialista, que coloca que em questão a identidade, valores e normas herdadas, sendo que as apresentações delas são “de fora para dentro”, isso é, partindo de um ponto de vista internacional para um ponto de vista mais regionalizado e interno. As escolhas de tais teorias derivam-se ao fato de serem as mais recentes, que estão dando frutos no meio acadêmico jurídico e político e que justamente perpassam com maiores detalhes a identidade e a cultura, entendidas aqui, conforme ditames das Nações Unidas, em sua concepção ampla, que leve em consideração a diversidade de valores espirituais e intelectuais e que leve em conta os vários modos de viver. A hipótese do trabalho é de que o período em estudo, do pós Guerra Fria até os dias atuais, trouxe uma conjuntura que demanda novos desafios e, por via de consequência, impõe novos métodos de análise, nos quais não se pode mais negligenciar fatores como cultura e identidade. Tanto assim que se faz necessário apresentar esses novos desafios que ainda precisam ser descortinados e as teorias mais recentes que envolvem tal temática e procuram solver problemas desse mundo cada vez mais globalizado, complexo, multicultural e desigual. No entanto, por ter um cunho revisional teórico, o trabalho não possui conclusões finais, mas apenas considerações da importância trazida pelas três teorias apresentadas, demonstrando que todas se distanciam das teorias clássicas usuais e impõem novas formas de olhar o mundo. Por fim, o método utilizado é o qualitativo, de pesquisa multidisciplinar, focada, sobretudo mas não apenas, às Relações Internacionais e ao Direito, sendo que procura-se ilustrar os principais teóricos e doutrinadores do meio e seus trabalhos, críticas e elogios.