CONSUMO DE ADITIVOS ALIMENTARES POR CRIANÇAS DE 2 A 10 ANOS DE IDADE RESIDENTES EM CURITIBA/PR

  • Daniele Possebom Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Thaís Petillo de Castro Ferreira de Carvalho Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani Centro Universitário Autônomo do Brasil
Palavras-chave: Aditivos alimentares, Alimentação infantil, Alimentos industrializados, Hábitos alimentares

Resumo

O consumo alimentar brasileiro vem apresentando mudanças, em que alimentos in natura ou minimamente processados estão sendo substituídos por alimentos processados e ultraprocessados. Por consequência, há maior consumo de diversos aditivos alimentares, utilizados pela indústria com objetivo de aumentar conservação, características sensoriais e intensificar a palatabilidade do alimento, porém apresentam controvérsias em relação a sua segurança alimentar, dentre os aditivos alimentares mais prejudiciais para a saúde da criança, destacam-se os corantes, conservantes, antioxidantes, realçadores de sabor e aromatizantes. Sendo assim, é de extrema importância pesquisas que contribuam para o conhecimento dos problemas nutricionais e efeitos de aditivos alimentares, com o objetivo de entender suas complicações secundárias e evitá-las nas próximas gerações. O objetivo do estudo é avaliar o consumo de aditivos alimentares por crianças de 2 a 10 anos de idade, residentes na cidade de Curitiba/PR. Através da plataforma Google forms, foi disponibilizado um formulário para pais ou responsáveis contendo perguntas sobre a frequência alimentar, com foco no consumo de produtos processados e ultraprocessados. No início do questionário, foi solicitado o aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com informações a respeito da pesquisa. A amostra foi composta por 50 crianças, e como resultado, referente ao grupo dos corantes, foi identificado um maior consumo por meio dos seguintes alimentos: sorvete ou picolé com leite (88%), balas (82%), gelatina (80%) e iogurtes adoçados com frutas (54%). Em relação aos alimentos contendo conservantes, a maior ocorrência foi em embutidos (84%) e queijos (80%) e no que diz respeito aos antioxidantes, bolacha recheada (100%) e salgadinhos (90%) apresentaram maior incidência. A respeito dos realçadores de sabor, os alimentos com maior prevalência foram suco de caixinha (72%) e macarrão instantâneo (52%) e por fim, os produtos que apresentaram maior teor de aromatizantes sintéticos foram danoninho (60%) e achocolato em pó (60%). O público infantil é um grupo vulnerável ao consumo em excesso de aditivos alimentares por meio de alimentos coloridos e palatáveis disponíveis em diversas propagandas voltadas para crianças. Sendo assim, estratégias de educação nutricional como uma adequada interpretação da leitura dos rótulos, podem reduzir o consumo de alimentos prejudiciais à saúde e promover hábitos alimentares saudáveis desde a infância.

Publicado
2021-11-19
Seção
Nutrição

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