EFEITOS DO HÁBITO DE FUMAR EM INDICADORES DE SAÚDE BUCAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • LEDA LAYANE UNIBRASIL
  • STELLA RODRIGUES UNIBRASIL
  • ELENICE CAPELARIO UNIBRASIL
  • MARCELA GURGACZ UNIBRASIL
  • GISELE MARCHETTI UNIBRASIL
  • GISELLE REIS UNIBRASIL
Palavras-chave: Fuma, Paciente, Cigarro eletrônico, Fumantes, Saúde Bucal, Cigarros

Resumo

Em 2020, os fumantes representavam 9,8% da população maior de 18 anos, correspondendo a aproximadamente 22 milhões de brasileiros. Enquanto, entre as regiões do país, o Sul predomina em quantidade de fumantes, bem como em maior média de cigarros fumados diariamente. Em consonância, vemos a popularização do uso dos cigarros eletrônicos, principalmente entre os jovens. O objetivo desse trabalho foi revisar a literatura sobre os efeitos do hábito de fumar na saúde bucal. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados Pubmed e Scielo, utilizando como palavras-chave “e-cigarettes and periodontitis” (cigarros eletrônicos e periodontite), “smoking and oral health” (tabagismo e saúde oral), “smoking patients and periodontics” (pacientes tabagistas e a periodontia) e “Oral health and smoking” (saúde bucal e o hábito de fumar). Sabe-se que indivíduos tabagistas são mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças periodontais, pois ocorre maior vasoconstrição local, o que permite que as bactérias do biofilme subgengival adentrem as estruturas de sustentação do indivíduo, que normalmente encontra-se imunologicamente comprometido. Além disso, o fumo e o vaping com nicotina podem estar diretamente relacionados ao aumento da profundidade de sondagem, reabsorção óssea alveolar e perda de inserção. Os índices periodontais também são modificados conforme o número de cigarros fumados e o tempo do hábito do paciente. Assim como, indivíduos fumantes apresentam maior índice CPO-D, quando comparados a não fumantes. Com relação aos efeitos dos cigarros eletrônicos na saúde bucal, a literatura ainda é muito recente e não conclusiva, no entanto deve-se considerar diferentes variáveis para estabelecer a nocividade, tais como: a composição do líquido, o mecanismo de energia, os hábitos do consumidor e a constante transformação do mercado. A ocorrência de xerostomia, estomatite nicotínica, candidíase hiperplásica, língua pilosa e hipossalivação foram relacionadas a usuários de cigarros eletrônicos, aumentando risco para cárie, doença periodontal e infecções oportunistas. Assim, diante das tendências atuais, os cirurgiões dentistas e demais profissionais da saúde estão inclinados a encontrar em sua rotina clínica pacientes usuários de cigarros convencionais e eletrônicos, precisando estar atentos a identificar e orientar sobre os riscos, bem como desenvolver tratamentos adequados as condições específicas do paciente tabagista, já que sua destruição tecidual é maior quando comparada ao paciente não tabagista.

Referências

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Publicado
2022-11-30
Seção
Odontologia

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