ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MÉTODO MONTESSORI

Resumo

O Brasil vem enfrentando problemas na alfabetização há muito tempo, mesmo com a taxa de analfabetismo caindo. Ainda temos quase 10 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever. Em 2019, a taxa era de 6,1%; hoje caiu para 5,6% (IBGE). Desde o nascimento, as crianças estão expostas a diferentes formas de comunicação e, por meio dessa exposição, elas começam a desenvolver habilidades que garantem sua expressão oral e depois escrita. Por conta disso, a alfabetização deve ser iniciada na primeira infância, por meio de experiências com a linguagem verbal. O método Montessori tem como princípios a autonomia e o interesse da criança, priorizando a aprendizagem por meio da descoberta sensorial, respeitando seu próprio tempo para aprender. Maria Montessori, uma educadora e médica italiana que mudou radicalmente a Educação Infantil no início do século XX, buscou facilitar esse processo por meio de materiais concretos que criou com base na observação científica e minuciosa das necessidades das crianças. Cada material contém formas, cores, tamanhos, espessuras e texturas diferentes, para que a criança desenvolva diversas habilidades e movimentos. Diante disso, este trabalho tem por objetivo desenvolver um minimanual explicativo dos principais materiais referentes à alfabetização montessoriana, orientando sobre sua utilização, demonstrando a importância dos materiais concretos para uma aprendizagem significativa, analisando as estratégias de alfabetização e criando um guia prático para divulgação e auxiliar na alfabetização. Baseamos nossa pesquisa nos estudos de Maria Montessori (2017), Magda Soares (1984), Sonia Maria Coelho (2011) e Flavia Lopes (2004). É importante ressaltar que o método Montessori visa à educação que desperta a curiosidade, autonomia e descoberta individual do aluno, por meio de formas concretas, sensoriais e visuais. Para isso, é necessário entender que cada criança aprende de modos e formas diferenciadas.