A À MARGEM

FANZINE DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO

Resumo

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, MTST, fundado em 1997, propõe solucionar o problema da moradia no Brasil decorrente do déficit habitacional, propondo a reforma urbana. Os sem teto compõem mais de 10% da população, dos quais não são apenas os que moram na rua, são também aqueles que vivem em coabitação familiar, isto é, quem mora de favor com algum familiar, os que vivem  situações inadequadas, cortiços, casas precárias ou em alojamentos. O principal objetivo do movimento é reafirmar direitos já estabelecidos e pressionar o estado a cumprir com sua obrigação. Ao contrário do que muitos pensam, não faltam casas no Brasil, sendo assim, há mais casas sem gente do que gente sem casa e estas moradias devem cumprir o papel social estabelecido, com o artigo 6° da Constituição Federal e garantir moradia digna. No Paraná o número de famílias vivendo em favelas saltou de 90 mil para 114 mil entre 2019 e 2022. A liderança do MTST que além de preocupar-se com a moradia, também combate a desigualdade, fome e promove a educação, corroborando com três objetivos de desenvolvimento sustentável,  agenda 2030 da ONU, porém, eventualmente o movimento dos trabalhadores sem teto sofre com a discriminização de partes políticas e populacionais em função da desinformação. Por isso, ações e atividades que expõem a luta social são necessárias. O objetivo é criar um fanzine que promova a história do movimento, para informar o leitor sobre as atividades e colaborações da liderança do MTST. No cenário específico do Paraná, onde as lutas por terra, teto, trabalho e democracia são frequentes, porém, por vezes, silenciadas, o fanzine visa projetar a realidade dos paranaenses sem moradia com a estética das ruas de Curitiba e região metropolitana. Por fim, pretendemos mostrar quem são as pessoas pela qual o movimento é articulado, onde elas vivem, o que fazem e como a liderança pretende ou muda a realidade desses trabalhadores. Propõe-se uma composição em que é possível captar as ações sociais na ótica do paranismo, mantendo os símbolos e a identidade paranaense, divulgando o trabalhador sem teto paranaense e trazendo publicidade ao MTST. Portanto, a criação e a curadoria artística do fanzine desempenham um papel catalisador na transformação da paisagem dos sem-teto. Essa plataforma não só chama atenção para as necessidades prementes das pessoas sem moradia, mas também desafia a apatia social e política. Ao mostrar a resiliência e a experiência dos sem-teto paranaenses, o fanzine demonstra a capacidade do movimento de se adaptar e se comunicar efetivamente com o público. No entanto, é vital o apoio e a compreensão da sociedade em relação a essa causa, a fim de criar um transformador de impacto na paisagem da moradia no Brasil.