EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA MANUTENÇÃO DO CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO

Resumo

O Cateter Totalmente Implantado (CTI), também chamado de Port-A-Cath ou Port, é um dispositivo intravenoso implantado sob a pele na região torácica ou na virilha, formado por duas partes: o cateter e o reservatório. O CTI é recomendado para pacientes que requerem terapia intravenosa frequente e prolongada, como é o caso do tratamento quimioterápico. Além disso, confere benefícios como alta durabilidade, conforto, evita punções venosas frequentes, dispensa o uso de curativos, apresenta baixa taxa de infecção e obstrução e menor chance de extravasamento. Após o término do tratamento quimioterápico, alguns cuidados devem ser adotados a fim de manter a permeabilidade e qualidade do dispositivo e, assim, evitar complicações com o CTI. É o caso da manutenção, que consiste na salinização do cateter com técnica de turbilhonamento e pressão positiva, sendo o ideal a realização a cada 30 dias, enquanto o dispositivo permanecer implantado. Mesmo sendo seguro e oferecendo conforto nas aplicações de quimioterápicos, o CTI é passível de complicações, como obstrução devido à formação de coágulos ou à precipitação dos fármacos e infecções decorrentes da colonização do cateter ou seu reservatório. Por isso a necessidade da manutenção periódica: além de garantir a permeabilidade do cateter, permite a avaliação da região em que o dispositivo se encontra, se atentando para sinais flogísticos. Dada importância do procedimento, notou-se a necessidade da educação em saúde para os pacientes, visando aumentar a adesão à manutenção mensal do CTI. O método adotado consistiu, inicialmente, em reforçar a importância do procedimento e esclarecer possíveis dúvidas dos pacientes durante as manutenções. Essa etapa foi realizada entre 16 de março e 16 de abril de 2024 para todos os pacientes que compareceram aos seus agendamentos. Como complemento das orientações, fez-se a distribuição de um folder educativo entre 16 de maio e 16 de junho de 2024, também aos pacientes que estavam agendados. Ao final de ambas as etapas de educação em saúde, observou-se um aumento de 23,7% no número de agendamentos da manutenção do CTI e diminuição de 11,54% no número de faltas ao procedimento. Os resultados obtidos enfatizam o papel da educação em saúde como pilar essencial da prática profissional da enfermagem, sendo um processo dinâmico e interativo indispensável para que os pacientes possam tomar decisões informadas sobre sua própria saúde e adotar comportamentos saudáveis. Nota-se que, a educação em saúde é primordial para a orientação do paciente e consequente conscientização deste, pois a partir desta ação, observou-se um aumento no número de agendamentos e um decréscimo significativo no número de faltas.