IMPACTO DA FADIGA NA DISFAGIA EM UM PACIENTE COM ESCLEROSE MÚLTIPLA: DESAFIOS E INTERVENÇÕES
Resumo
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neuroinflamatória e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central, causa desmielinização e lesões nos tratos corticobulbares, cerebelo, tronco cerebral e nervos inferiores, causando uma variedade de sintomas que dependem da localização e extensão das lesões. Entre esses sintomas, a fadiga e a disfagia (dificuldade para engolir) são comuns. A fadiga é um sintoma multidimensional na EM resultante de processos inflamatórios, disfunção do eixo neuroendócrino e alterações na ativação do córtex cerebral. A fadiga pode agravar a disfagia, pois os pacientes podem sentir cansaço durante a alimentação, aumentando o risco de aspiração e outras complicações. Estudar a correlação entre esses sintomas pode ajudar a desenvolver intervenções mais eficazes para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. A identificação precoce da correlação entre fadiga e disfagia pode ser crucial para prevenir complicações graves. Compreender essa correlação pode permitir intervenções preventivas mais eficazes e pode ajudar na personalização dos tratamentos para pacientes com EM. Tais justificativas destacam a importância de estudar a correlação entre fadiga e disfagia para melhorar o manejo clínico e a qualidade de vida dos pacientes com esclerose múltipla. O presente estudo de caso objetiva analisar os principais desafios no tratamento da disfagia em um paciente com EM. Parte-se da prática clínica e de posicionamentos teóricos para desvendar os limites entre sintoma e patologia do paciente LDC, de 25 anos, diagnosticado com esclerose múltipla há seis anos. Os dados desta pesquisa foram coletados durante as sessões de terapia, nas evoluções do prontuário do paciente, áudios e fotos, durante o período de abril a agosto de 2024. Para tal foi realizada uma revisão da literatura, da qual foram eleitos 3 artigos de relevãncia ao tema em questão na base de dados MEDLINE via PubMed e SciELO Brasil (The Scientific Eletrônica Library Online) por meio da seguinte combinação dos termeos: (escerose múltipla OU EM ) e (transtornos da deglutição OU disfagia). Nossa pesquisa demonstrou que embora a correlação entre fadiga e disfagia seja fraca, no presente estudo de caso ficou claro que quanto maior o grau de fadiga maior pode ser o risco de alterações na deglutição. Assim como, diferentes intercorrências e afecções que alterem o estado de saúde do paciente podem interferir no desempenho funcional da deglutição. Os dados coletados neste estudo de caso podem ser utilizados em pesquisas futuras, o que pode ajudar a preencher lacunas no conhecimento e a orientar novos estudos sobre os dois sintomas na EM.
Palavras-chave: esclerose múltipla, transtornos da deglutição, disfagia
Referências
Yamout BI, Alroughani R. Multiple Sclerosis. Semin Neurol. 2018 Apr;38(2):212-225. doi: 10.1055/s-0038-1649502. Epub 2018 May 23. PMID: 29791948.
LEITE, A. et al., Fadiga e Disfagia Orofaríngea em Pacientes com Esclerose Múltipla. Distúrbios da Comunicação, [S. l.], v. 32, n. 1, p. 105–113, 2020. DOI: 10.23925/2176-2724.2020v32i1p105-113.
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