SUPERANDO DESAFIOS: O TRATAMENTO DA APRAXIA DE FALA EM M.A, UMA CRIANÇA DE 4 ANOS

Resumo

M.A., de 4 anos, sexo masculino, chegou à Clínica Escola de Fonoaudiologia do UNIBRASIL para uma avaliação fonoaudiológica. A mãe encontrava-se preocupada com o atraso na fala do filho. O paciente apresentava dificuldade com palavras e frases, e sua fala era frequentemente incompreensível. M.A. também demonstrava grande frustração para se comunicar. Na anamnese, a mãe relatou que M.A. foi uma criança de prematuridade extrema, nascido de 24 semanas, e teve várias intercorrências após o nascimento, incluindo micro-hemorragias cerebrais. Por isso, permaneceu aproximadamente 105 dias na UTIN. Logo após o término da anamnese, iniciou-se uma interação com M.A. Foi observado que M.A. tinha dificuldade em imitar sons e palavras, e sua produção de fala era inconsistente. Ele conseguia dizer uma palavra corretamente em um momento, mas não conseguia repeti-la da mesma forma em outra tentativa. Frente às evidências, estabeleceu-se a hipótese diagnóstica de apraxia de fala infantil, baseada na inconsistência da produção de fala e na dificuldade em planejar e coordenar os movimentos necessários para a fala observados em M.A. Foram sugeridas sessões de fonoterapia semanais, com o foco inicial nos exercícios de articulação e repetição de palavras simples. Realizou-se orientação para a mãe, que passou a praticar exercícios de fala em casa diariamente. O objetivo deste estudo de caso foi de avaliar e tratar a apraxia de fala infantil em M.A., identificar as dificuldades específicas na produção de fala dele e implementar um plano de intervenção fonoaudiológica para melhorar suas habilidades de comunicação, tudo isso baseado em um referencial teórico, escolhido a partir de uma busca nos bancos de dados PubMed e SciELO. A seleção dos artigos seguiu critérios específicos: foram incluídos estudos clínicos publicados entre 2019 e 2023, em inglês e português, que abordassem o tema da apraxia de fala na infância e as relações com o trabalho fonoaudiológico. A identificação precoce de distúrbios de fala é crucial para o desenvolvimento da linguagem e comunicação da criança. Intervenções rápidas podem prevenir atrasos adicionais e melhorar os resultados a longo prazo. Após seis meses de terapia intensiva, M.A. mostrou melhorias significativas na clareza da fala e na capacidade de formar frases. Ele ainda precisa de apoio contínuo, mas está mais confiante e menos frustrado ao se comunicar. Documentar o progresso de M.A. mediante sessões de fonoterapia e práticas em casa fornece dados valiosos sobre a eficácia das intervenções fonoaudiológicas, contribuindo para a literatura científica e prática clínica. Esta análise clínica pode servir como referência para outros profissionais de fonoaudiologia, oferecendo percepções sobre estratégias de intervenção e manejo de apraxia de fala infantil.