PRESEPADAS NO MODUS OPERANDI HISTÓRICO DO TRABALHO EM ARTE.

  • Valtair Jose Paulo da Silva UNIBRASIL
  • Rodrigo Angelo Falkowski unibrasil/aluno
  • Maria Eduarda Schultz Maciel unibrasil/aluna
  • Giovana Ferry De Souza unibrasil/aluno
  • Graciela Sanjutá Soares Faria UNIBRASIL/PROFESSORA ORIENTADORA
Palavras-chave: ARTE, CAPITALISMO, INOVAÇÃO, TRABALHO DO ARTISTA, ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, CONDIÇÕES DO TRABALHO

Resumo

A precarização do trabalho artístico no Brasil reflete uma luta constante entre a  valorização da arte e as exigências do capitalismo, o que se mostra como um  grande objeto de estudo que pode cooperar para uma maior compreensão das configurações subjetivas do trabalho. Esse resumo busca colaborar para a garantia dos direitos e  condições dignas para os artistas, em um cenário onde as imposições do sistema capitalista ameaçam a autenticidade e a viabilidade das condições do trabalho artístico. Tem  como objetivo analisar e compreender dinâmicas versáteis e prazerosas e os sofrimentos, com foco no trabalho do artista. Explorar como o artista se desenvolveu ao  longo da história, os desafios que enfrentou e enfrenta, e o legado que pode servir de inspiração para novas formas de organização do trabalho. Com base na revisão bibliográfica de artigo científico e em observações participantes, o processo de constituição das configurações subjetivas do trabalho no setor artístico vem se desenvolvendo de forma contínua desde o período das monarquias. Artistas como pintores, atores e músicos enfrentavam o  dilema de dependência e busca por reconhecimento, necessitando agradar o monarca e ao mesmo tempo  produzir patrimônio suficiente para seu sustento. No contexto brasileiro, Segnini destaca a transição da Monarquia para a democracia, onde o contexto  da organização do trabalho na arte ganhou força na luta por direitos, com iniciativas como o Serviço  Social do Comércio (SESC) valorizando o trabalho artístico. Durante a ditadura  militar, a arte foi atacada e privada de liberdade de expressão, com muitos artistas  sendo presos e perseguidos. Após a ditadura, o movimento artístico voltou a ganhar  força, mas ainda enfrentou precarização e insegurança no trabalho artístico. Leis de incentivo  à cultura, como a Lei Rouanet, ajudaram a melhorar a situação, mas a entrada de  empresas privadas no setor trouxe novas inseguranças, com a demanda por  consumismo, lucro e produtividade prejudicando a construção histórica do trabalho  artístico. É notável que a partir de Segnini, entende-se que  o trabalho artístico possui construções das organizações do trabalho que divergem da dinâmica  normalizada de trabalho no capitalismo, contribuindo para um ambiente mais  autêntico e adaptável ao período histórico e social. No entanto, atualmente há uma luta constante contra modelos capitalistas radicais que trazem inseguranças  trabalhistas e de renda para os artistas. A área artística mostra características  versáteis, mas enfrenta o obstáculo do capitalismo. Para concluir os rumos dessa  luta, é necessária uma ampla pesquisa e observação da construção social atual no  âmbito do trabalho artístico. O estudo mostra que, apesar de suas raízes e seu valor  histórico, o trabalho artístico enfrenta desafios contínuos, especialmente em relação  às pressões impostas pelo capitalismo. Apesar das dificuldades, o trabalho artístico  é uma forma de resistência e inovação, que se afasta das formas tradicionais de  organização do trabalho. A versatilidade pode inspirar outros setores que buscam  formas mais humanas e adaptáveis de trabalho. Contudo, para que esse potencial  se concretize de maneira plena e justa, é necessário que o movimento artístico  continue a se engajar em lutas por direitos e por novas formas de organização  laboral, alinhadas com as particularidades desse campo. Mais estudos são  essenciais para ampliar o entendimento das demandas atuais e construir um futuro  mais seguro e sustentável para os trabalhadores da arte.

Referências

SEGNINI, Liliana R. Petrilli; Arte, políticas públicas e mercado de trabalho, 05/2008, Simpósio Internacional Processo Civilizador,Vol. 1, pp.545-557, Buenos Aires, Argentina, 2008.
Publicado
2025-12-12
Seção
Psicologia

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