ESTUDO COPROPARASITOLÓGICO DE FELÍDEOS SILVESTRES NO ZOOLÓGICO MUNICIPAL DE CURITIBA

  • Mariana Selhorst Broca Autônoma
  • Francieli Côrrea Rodrigues UniBrasil
  • Carlos Eduardo Carneiro UniBrasil
  • Gidielson Salomão da Conceição UniBrasil
  • Vinícius Lima dos Santos UniBrasil
  • Marcelo Bonat Prefeitura Municipal de Curitiba
  • Manoel Lucas Javorouski Prefeitura Municipal de Curitiba
  • Ana Silvia Miranda Passerino Prefeitura Municipal de Curitiba
  • Caio Carniatto Unibrasil
Palavras-chave: leão, medicina zoológica, monitoramento microbiológico, onça-pintada, parasitologia veterinária

Resumo

A avaliação da fauna coproparasitológica de animais silvestres sob cuidados humanos é fundamental para o monitoramento da saúde individual e coletiva, além de contribuir para a biossegurança de tratadores, visitantes e outros animais do plantel. Estudos dessa natureza integram o conceito de Saúde Única (One Health), pois permitem identificar potenciais agentes zoonóticos e avaliar a eficácia das medidas de manejo e higiene ambiental em ambientes de cativeiro. Este estudo teve como objetivo investigar a presença de parasitos e microrganismos em amostras fecais de felídeos mantidos no Zoológico Municipal de Curitiba. Foram analisadas amostras fecais frescas de três onças-pintadas (Panthera onca), sendo dois machos e uma fêmea, e quatro leões (Panthera leo), sendo três fêmeas e um macho. As coletas foram realizadas diretamente nos recintos dos animais, utilizando material estéril e acondicionamento imediato em frascos hermeticamente fechados, com posterior envio refrigerado ao laboratório para análise coproparasitológica e coprocultura. Os exames parasitológicos foram conduzidos por métodos de sedimentação espontânea e flutuação, enquanto as coproculturas foram realizadas em meios seletivos e diferenciais. As análises revelaram a presença de Proteus sp. em todas as amostras avaliadas. A identificação deste gênero bacteriano, frequentemente associado a microbiota intestinal normal, pode representar colonização comensal, porém sua persistência requer atenção, devido ao potencial patogênico oportunista em condições de estresse ou imunossupressão. Não foram detectados ovos, oocistos ou larvas de parasitos nas amostras analisadas, sugerindo boas práticas de manejo sanitário, higiene e controle ambiental no zoológico. Conclui-se que a vigilância coproparasitológica contínua é essencial para a manutenção da saúde dos animais silvestres em cativeiro e para a prevenção de zoonoses, funcionando como ferramenta de controle epidemiológico e de promoção da saúde integrada.
Publicado
2025-12-15
Seção
Medicina Veterinária

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)