ESTUDO COPROPARASITOLÓGICO DE CAMELOS E HIPOPÓTAMOS NO ZOOLÓGICO MUNICIPAL DE CURITIBA

  • Mariana Selhorst Broca A
  • Manoel Lucas Javorouski Prefeitura Municipal de Curitiba
  • Marcelo Bonat Prefeitura Municipal de Curitiba
  • Ana Silvia Miranda Passerino Prefeitura Municipal de Curitiba
  • Caio Carniatto Unibrasil
Palavras-chave: Infecção parasitária, medicina zoológica, parasitas intestinais, sanidade animal

Resumo

A pesquisa coproparasitológica em animais silvestres sob cuidados humanos é essencial para o monitoramento da saúde individual e coletiva, além de constituir uma ferramenta importante para a prevenção de zoonoses e a manutenção da biossegurança em zoológicos. Esses estudos também contribuem para a compreensão da dinâmica parasitária em ambientes de cativeiro e se inserem no contexto da Saúde Única (One Health), que integra a saúde animal, humana e ambiental. Este estudo teve como objetivo investigar a presença de parasitas e microrganismos em amostras fecais de hipopótamos e camelos mantidos no Zoológico Municipal de Curitiba. Foram analisados quatro hipopótamos (Hippopotamus amphibius) — três fêmeas alojadas no mesmo recinto e um macho mantido em recinto anexo — e um casal de camelos (Camelus dromedarius) alojados em recintos separados e distantes, todos adultos e clinicamente saudáveis. As amostras fecais frescas foram coletadas diretamente nos recintos, utilizando material estéril, e acondicionadas em frascos herméticos, com posterior envio refrigerado ao laboratório para realização dos exames coproparasitológicos e coprocultura. As análises foram conduzidas por técnicas de sedimentação espontânea e flutuação, além de cultivo bacteriológico em meios seletivos. Nos hipopótamos, os resultados foram negativos para parasitas e bactérias patogênicas, sugerindo adequadas condições sanitárias e manejo nutricional equilibrado. Em contraste, nos camelos, observou-se a presença de ovos de Trichuris sp. (macho) e Trichostrongylus sp. (fêmea), parasitos gastrintestinais com potencial de causar enterites e perda de condição corporal quando não controlados. A detecção desses helmintos reforça a importância da vigilância coproparasitológica regular como medida preventiva essencial para a manutenção da saúde dos animais, o controle de infecções subclínicas e a prevenção de zoonoses em ambientes de cativeiro.
Publicado
2025-12-15
Seção
Medicina Veterinária

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