"RESPONSABILIDADE CIVIL CONTEMPORÂNEA: O PERSONALISMO E OS NOVOS DANOS"
Resumo
O estudo tratado no artigo tem o condão de apresentar a intrínseca vinculação entre os ideais da filosofia personalista, notadamente na perspectiva de Emmanoel Mounier, pai do personalismo e cultor da importante revista francesa Esprit, e a contemporaneidade dos pensamentos que traduzem um Direito de Danos apropriado tanto à complexidade da sociedade plural, quanto aos ditames do Estado democrático de direito inaugurado por sobre a base maior da tutela da dignidade da pessoa humana. Nesta ordem de ideias, segue-se demonstrando que o personalismo jurídico impõe o repensar da própria dogmática dos danos, implicando no maior esforço do jurista em buscar aperfeiçoar o conhecimento antropológico em prol de um tecnicismo jurídico que, adequado, não torne subjacente a realidade existencial da pessoa vitimada.