PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES HIPERTENSOS

  • Guilherme da Silva Faot Centro universitário autônomo do Brasil
  • Adriana de Oliveira Christoff Centro universitário autônomo do Brasil
  • Suelen Boshen Centro universitário autônomo do Brasil
Palavras-chave: hipertensão, interação medicamentosa, anti-hipertensivo

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial caracterizada pela descompensação dos níveis pressóricos. Tem caráter assintomático, dificultando o diagnóstico, aceitabilidade da condição e adesão ao tratamento. É a doença cardiovascular de maior prevalência na população e sua piora clínica pode desencadear outras condições graves, como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Cerca de 9,4 milhões de pessoas morrem anualmente devido a complicações na HAS não controlada. No Brasil, cerca de 24% da população tem hipertensão, 60% deste total com mais de 65 anos. O tratamento da HAS consiste em medidas não farmacológicas e farmacológicas, com a farmacoterapia bem explorada por sua efetividade nos casos moderados e graves. A monoterapia é a escolha inicial para o tratamento farmacológico, mas em vários casos é comum o uso de mais de um tipo de anti-hipertensivo para obter resultados satisfatórios. Além disto, tratando-se de público majoritariamente senil, é comum o uso de medicamentos para outras patologias, fatores que influenciam no evento de interações medicamentosas, que causam desde reações desagradáveis até as graves, que podem comprometer a saúde do indivíduo. O farmacêutico é o profissional responsável por acompanhar a farmacoterapia, sendo parte essencial para o sucesso na melhora do paciente, pois com o conhecimento técnico é capaz de otimizar o tratamento, prevendo possíveis fatores que podem gerar ineficácia, corrigindo-os e ajustando para obter sucesso terapêutico. O objetivo do estudo realizado foi avaliar a prevalência de interações medicamentosas na terapia farmacológica e verificar seu nível de gravidade e significância clínica em indivíduos portadores da HAS de uma farmácia de Curitiba. Foi realizado um estudo quantitativo, observacional e transversal, no período de maio a agosto de 2016, coletando informações de 40 pacientes hipertensos em entrevistas a fim de identificar possíveis interações medicamentosas. A entrevista consistiu em 10 perguntas sobre o histórico médico e terapia do paciente. Os critérios de inclusão no estudo foram o diagnóstico positivo para HAS e o uso de ao menos dois medicamentos, sendo um anti-hipertensivo. Através da coleta de dados foi possível detectar as interações medicamentosas potenciais, gravidade e significância clínica, na literatura (Medscape; Drugbank; DrugScape; Micromedex®; Oga et al, 2002; Brunton et al, 2012). Foram consideradas somente interações farmacodinâmicas e farmacocinéticas. A gravidade clínica das interações foi organizada com base na gravidade potencial da interação e seu nível de evidência relativo.

Palavras-chave: Hipertensão; Interação medicamentosa; Anti-hipertensivos.

Publicado
2016-11-08
Seção
Farmácia