A TRANSMISSÃO ESPORTIVA NO RÁDIO

  • Thays Renata POLETTO
  • Angélica Pimenta JACINTO
  • Gabriela Silva ANDREATTA
  • Gustavo KOTELAK
  • Katheryne Loise Cunha de ALMEIDA
  • Keimilin Thais de CAMPOS
  • Marcelo Ferreira CAVALLI JÚNIOR
  • Pamella Garcia ROSA
  • Pietro Zeni de LAZZARI
Palavras-chave: Rádio, Esportes, Narração esportiva, Radiojornalismo, Futebol

Resumo

Este trabalho preocupa-se com a evolução da transmissão esportiva no rádio e foi produzido a partir de pesquisas em diversos materiais, inclusive áudios de narrações esportivas, com o intuito de resgatar os principais fatos históricos ligados a esse tipo de transmissão no Brasil, além de demonstrar a relação entre as mudanças nessas transmissões, no veículo e na sociedade. Neste artigo, a evolução histórica vai dos anos de 1920, quando o rádio estava se popularizando, até os dias atuais. Nos anos 20, apareceram os primeiros locutores amadores de futebol. Na década de 30, a transmissão ganhou velocidade e ritmo, mais próxima do que temos atualmente, tendo sido idealizada por Nicolau Tuma, o “speaker metralhadora”, que pronunciava até 150 palavras por minuto. Na mesma década, dirigentes de times proibiram as transmissões ao vivo, com receio de que elas reduzissem o público nos estádios. As transmissões só voltariam em 1936, depois que Teófilo Vasconcelos narrou uma corrida de cavalos, com grande audiência. Foram criados, então, programas para a cobertura de modalidades diversas com ênfase em grandes eventos, como as Olimpíadas. Ainda nos anos 30, houve a primeira transmissão de um campeonato mundial de futebol: a Copa do Mundo da França, através de alto-falantes. Nesta época, ficou famosa a narração de gols de Ary Barroso, a narração poética dos radialistas cariocas e a narração mais técnica dos paulistanos. Até 1940, as narrações eram improvisadas, incluindo galinheiros e telhados vizinhos aos gramados como locais de transmissão. Em 1945, a  Rádio Panamericana deu mais espaço aos esportes e modificou a estrutura da transmissão, com a criação das funções de comentarista e repórter - até então só o narrador contava os acontecimentos do jogo. Com a popularidade das narrações esportivas, mais emissoras passaram a transmitir futebol, como a Rádio Bandeirantes, em 1958. A rivalidade das emissoras elevou o nível dos profissionais e da programação. Em 1960, os modos carioca e paulistano de narrar foram fundidos pelo radialista Fiori Gogliotti, modificando a forma narrativa especialmente pelo uso de bordões. A partir dos anos 1970, a transmissão esportiva ganhou mais humor e irreverência, tendo se destacado os radialistas José Carlos Araújo e Osmar Santos, que revolucionou a forma de transmitir futebol, quando a televisão já dominava a atenção do público, e trouxe de volta investimentos para o setor esportivo do rádio. Da década de 80 em diante, as transmissões esportivas no rádio se modernizaram e se profissionalizaram. Conclui-se que o gênero é de grande audiência nas emissoras e que o futebol ainda é o esporte mais presente.

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